DIAMANTINO: Ministro Gilmar Mendes faz revisão eleitoral na sua cidade natal
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, foi o primeiro eleitor a fazer, na manhã desta segunda-feira (29), o recadastramento biométrico em Diamantino (MT), cidade onde nasceu em 1955.
Ele afirmou que sua visita à cidade natal para se recadastrar tem como objetivo incentivar os eleitores da região a fazer o mesmo. “Espero que aí o prefeito e as autoridades todas trabalhem nesse sentido, até para dar um exemplo. O presidente do TSE veio aqui. O primeiro a se recadastrar. E acho que temos que espalhar para a cidade e dar um bom exemplo. Não só em Diamantino, mas também em Alto Paraguai. De modo a animarmos a população a ter, de fato, esse ativo em termos de cidadania. Isso porque passamos a ter, realmente, certeza de que há uma real coincidência entre a pessoa [que vota] e aquela identificação formal [pelas impressões digitais]”, ressaltou o ministro Gilmar Mendes.
O magistrado destacou o seu laço afetivo com Diamantino. “Fiquei aqui até 1971. E aí é muito interessante. O tipo de vida que nós tínhamos à época era muito integrado, jogando futebol, pescando. Mas um dado que me impressiona é que nós começamos no ginásio aqui, e tenho vários colegas que hoje ainda estão por aí, com 40, 42 alunos. Mas a vida daquelas pessoas para terminar o ginásio aquela época era muito difícil. Muita gente tinha que correr atrás de recursos e trabalhar muito cedo. Nós começamos com 40 e terminamos com 14 [alunos]. Então, nós somos sobreviventes”, lembrou Gilmar.
O presidente do TSE falou um pouco de sua trajetória. “Em 1971 a 1972, eu fui para Cuiabá. Fiz lá o primeiro ano ginasial, Depois, 1973, fui para São Carlos, onde fiz o segundo ano ginasial e, depois, Brasília em 1974. Portanto, até 1971 eu morei e vivi aqui. E tenho, por isso, uma grande identidade com todas as pessoas daqui. As pessoas na rua, como vocês podem ver, me chamam de Gilmar com a maior tranquilidade. E vivo, portanto, muito bem aqui. E gosto das pessoas. E tenho um sentimento mesmo de dívida com Diamantino. De modo que, sempre que posso, estou aí tentando fortalecer Diamantino, ajudar com melhores condições de vida para as pessoas”, disse ele.
“Eu até já disse: a forma que eu posso ajudar Diamantino é dizer que eu sou de Diamantino. E agora, obviamente, eu sempre que posso, lembro as pessoas, os políticos: olha, não se esqueçam de Diamantino. Diamantino é, na verdade, aqui uma metáfora. Diamantino e região, médio norte. Eu cresci em Diamantino, Alto Paraguai. Tanto é que Alto Paraguai disputa também a minha nacionalidade. A nossa fazenda, fazenda de infância, é no município de Alto Paraguai. E a gente tem um compromisso com essa região toda que se desmembrou de Diamantino e se desenvolveu”, recordou o ministro.
E acrescentou: “Agora deixo o Tribunal Superior Eleitoral também com satisfação. Acho que foi um período bastante rico para todos nós em termos de realização, de participação na vida política do Brasil. Discutimos as reformas. E agora volto para o Supremo, para as minhas atividades acadêmicas com muita força. Essa questão da doação [particular feita à Apae Diamantino - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais] é quase que um compromisso, vamos chamar assim, familiar. A minha mãe ajudava muito a Apae Diamantino. E sempre me disse: não se esqueça da Apae Diamantino”, finalizou o ministro, emocionado.