Zeca apoia candidatura de Mauro, desde que o governador não divida palanque
O presidente regional do PDT, deputado estadual Zeca Viana, tem uma única condição para apoiar a eventual candidatura do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes ao governo do Estado: “que não esteja junto com Pedro Taques (PSDB)”. A desavença entre Zeca e o governador começou 2015, quando Taques deixou o PDT para se filiar ao PSDB, partido do qual estuda desembarcar.
Naquele ano, quando a saída de Taques estava apenas no plano das ideias, por desavenças com Zeca, este já demonstrava descontentamento, classificou o colega como “traidor”, enquanto Taques se recusava a “bater boca”.
Em entrevista à imprensa, durante convenção do PDT, ontem (24), Zeca foi questionado sobre dar suporte a Mauro, caso resolva encarar a disputa. “Sem sombra de dúvida. Mauro Mendes, se for candidato, desde que não esteja junto com Pedro Taques, nós somos companheiros”, respondeu o presidente da sigla e acrescentou: “Em qualquer partido, menos o partido do governador”.
Em seguida, ao ser perguntado quanto à possibilidade de reconciliação com o governador, Zeca deixou transparecer a forte mágoa que ainda carrega pela ruptura. “Acho que a política e a amizade é como um cristal, não pode ser trincada. Depois que trincou perde o valor”, compara.
O parlamentar disse ainda que corre o risco de perder sua moral perante os pedetistas, caso reate com Taques. “Os pedetistas que estão hoje são aqueles que realmente suaram a camisa, se dedicaram a eleger o Pedro Taques e não acreditaram nele e não foram junto, ficaram junto comigo. Se eu abandonar eles agora eu estou dando um tapa na cara deles, aquilo que o Pedro já deu em nós”, conclui.
Candidatura
Nos bastidores, sabe-se que Mauro já se articula para se lançar candidato ao governo do Estado na eleição de 2018, rumor que, oficialmente, Taques se recusa a levar em consideração. O ex-prefeito, que está desembarcando do PSB em razão da volta do deputado Valtenir Pereira à presidência estadual da sigla, estuda filiar-se no DEM dos irmãos Júlio e Jayme Campos. Outra opção seria o PR do senador Wellington Fagundes, partido ao qual já foi filiado.
Fonte: RDNews