Saturnino aguarda parecer jurídico para decidir sobre abertura de inquérito contra deputados
Responsável por elaborar o relatório que poderá determinar ou não o afastamento dos 15 deputados com cargo em vigência que foram delatados pelo ex-governador Silval Barbosa, o corregedor-geral da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, deputado Saturnino Masson (PSDB), afirmou que aguarda um parecer jurídico para decidir sobre o futuro dos colegas. O deputado ponderou, no entanto, que seu voto será de comum acordo com os demais membros da Comissão de Ética.
“A Comissão de Ética nunca faz nada sozinha, nós iremos discutir e analisar para chegar a um entendimento. O nosso jurídico já está estudando o pedido da Ong, analisando o documento, os corregedores vão analisar. Antes desse estudo nós não temos poder de afastamento. Encima do parecer jurídico é que nós vamos fazer o nosso voto”, afirmou o deputado, nesta terça-feira (28).
Saturnino foi escolhido recentemente corregedor-geral da Comissão de Ética. Além dele, também fazem parte da Comissão os deputados Leonardo Albuquerque(PSD), Adriano Silva (PSB), Allan Kardec (PT) e Wancley Carvalho (PV). Nenhum deles foi citado por Silval.
A representação, feita pelo Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania (ONG Moral), pede que o Legislativo apure a conduta dos deputados que foram flagrados recebendo dinheiro de propina na gestão de Silval.
A delação de Silval Barbosa foi homologada no dia 09 de agosto, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. De acordo com o ex-governador, os deputados Adalto de Freitas (SD), o “Daltinho”, Baiano Filho (PSDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM), Eduardo Botelho (PSB), Gilmar Fabris (PSD), Guilherme Maluf (PSDB), José Domingos Fraga (PSD), Mauro Savi (PSB), Ondanir Bortolini (PSD), o “Nininho”, Oscar Bezerra (PSB), Pedro Satélite (PSD), Romoaldo Junior (PMDB), Sebastião Rezende (PSC), Silvano Amaral (PMDB) e Wagner Ramos (PSD) receberam “mensalinho”, participaram de compra de Mesa Diretora e de outras dezenas de esquemas ilegais. (Veja AQUI as acusações contra cada um dos deputados).
As representações da Ong Moral, que pedem o afastamento imediato dos parlamentares, também foram protocolizadas na Procuradoria Geral de Justiça, no Tribunal de Contas do Estado (TCE), e no Ministério Público Federal (MPF).