Quadrilha é condenada a 173 anos de prisão por matar criança e ferir 4 em bar de Cuiabá
Adilson é acusado de integrar a “Gangue do Capataz” que aterrorizava os moradores do bairro Dom Aquino praticando roubos e homicídios na região. Eles também têm rixa com outros grupos criminosos, como costa nos autos. Outros três acusados de participar do crime foram julgados em 2014 e receberam penas que somam 131 anos. Somadas as penas do quarteto, o regime fechado do bando chega a 173 anos de reclusão. Um quinto acusado teve a prisão preventiva decretada, mas ainda segue foragido.
O crime
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), no início da noite do dia 28 de fevereiro de 2008, o acusado e comparsas foram até o Posto de combustíveis Santa Elisa e o obrigou o frentista, Roberto de Souza Lima, a abastecer R$ 5 em cada uma das três motos em que estavam. Ameaçando o trabalhador com uma arma de fogo os criminosos disseram que não iram pagar e ainda deixaram um recado com o funcionário: “avisa os trouxas lá de baixo que vamos descer lá e matar qualquer um que tiver lá”, diz trecho da ação.
Roberto ainda avisou a esposa sobre a ameaça. Porém a mulher, para atender ao desejo da filha, Ana Carolina Nunes Silva Lima, que queria comer um bolo, foi até um mercado acompanhada da menina. No trajeto ambas pararam no Espetinho do Murilo, localizado na esquina das ruas Teles Pires e Padre Jerônimo Botelho.l
Adilson e dois comparsas chegaram a lanchonete e atiram contra as pessoas que estavam no local. Os disparos atingiram as vítimas Ana Carolina, Valmir Nunes de Oliveira Silva, Allana Neves Pulquério, Maurilio de Abreu e Silva e Abiatar Ferreira De Carvalho. A menor Ana Carolina estava no colo do tio, Valmir. Ambos foram atingidos, mas a criança não resistiu e morreu no local. Os demais feridos foram socorridos e encaminhados para atendimento médico.
O acusado Adilson negou sua participação no crime, porém testemunhas relatam que o viram atirando contra os clientes do bar.
Na ação, Edilson foi condenado pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, ameaça e formação de quadrilha. Somados os crimes a pena foi estabelecida em 44 anos e nove meses. O réu está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde 2010, onde cumpria pena por outros crimes.
Os demais envolvidos no crime foram julgados em ações desmembradas. Cleverson Patrick Ferreira do Carmo recebeu a pena de 42 anos e nove meses. Adriano Pereira de Oliveira foi condenado a 45 anos e seis meses de prisão e Ézio Rosa da Silva Júnior foi sentenciado com pena de 42 anos e nove meses. Todos foram julgados em 2014.