Samara Felippo desabafa sobre personagem machista de novela da Record
O mais recente trabalho de Samara Felippo na TV não agradou a atriz. Em bate-papo com o ator Sidney Sampaio, durante live no Instagram, Samara revelou seu desagrado com a personagem Thaís, de Topíssima (2019), na Record. Felippo considerou o texto de Cristianne Fridman, supervisionado por Cristiane Cardoso, “muito machista”.
“Tinha que ter filmado suas caras lendo o texto, você tinha uma ótica completamente diferente. Convencer a Samara a falar aquilo era divertidíssimo”, alfinetou Sidney, que interpretava André, ex-marido de Thaís. “Que personagem chata! Era uma coisa que eu não concordava, não vou nem defender”, devolveu a atriz.
“[A personagem] falava de uma questão que eu achava machista e não tinha uma resolução desconstruindo isso, para mim não tem sentido”, lamentou Samara. “Eu entendo que ser ator é isso, mas a gente está em tempos em que tem coisas que não consigo tolerar mais, não passa. […] Eu, como mãe de duas meninas, em um mundo tão machista que a gente vive, tinha que falar coisas. Vivo em 2020 e tinha que falar coisas que não conseguia”, desabafou.
O descontentamento de Felippo com Thaís, que disputava a guarda da filha com André, era de conhecimento dos colegas. “Estava incentivando uma ideia que eu discordo. Isso me machuca como artista. Falar algo que seja retrógrado me incomoda. A gente tem que dialogar sem dar passos para trás, ponderou.
“Acho que a coisa mais nobre que podemos fazer como artistas é trazer a reflexão para que as coisas evoluam”, complementou Sidney Sampaio, admitindo que a personagem da colega era, de fato, difícil.
Samara Felippo despontou na Globo em Anjo Mau (1997). Foi a Érica de Malhação (1999), a Mariana de A Casa das Sete Mulheres (2003) e a Celina de Chocolate com Pimenta (2003). Em 2005, assumiu relacionamento com Sidney Sampaio; os dois namoravam entre as gravações dela em América e as dele em Alma Gêmea.
Após as vilãs Wandinha e Simone, de O Profeta (2006) e Sete Pecados (2007), diminuiu a carga de trabalho. Migrou para a Record em 2013, passando por José do Egito, Os Dez Mandamentos (2015) e Apocalipse (2017).
Fonte: rd1