Taborelli denuncia Ságuas e Rosa Neide no MP por 'alunos fantasmas'

O deputado estadual Pery Taborelli (PV) protocolou no Ministério Público Estadual (MPE) uma denúncia contra os ex-secretários de Estado de Educação, Ságuas Moraes e Rosa Neide, ambos do PT. Atualmente, a pasta que ficou por vários anos sob o comando do Partido dos Trabalhadores, é comandada pelo PSDB através do secretário Permínio Pinto. Também apresentou requerimento de convocação para que os ex-secretários prestem esclarecimentos à Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A data das oitivas deve ser definida nos próximos dias.

A denúncia tem como pano de fundo 2 situações: a irregularidade em 10.813 matrículas identificadas durante fiscalização o que tem sido chamado de “alunos fantasmas” e a briga de Taborelli com o petista Valdir Barranco pela cadeira ocupada, atualmente pelo pevista. Barranco concorreu nas eleições de 2014 sub judice e conseguiu reverter a situação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de modo que sua defesa vai solicitar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que descongele os votos de Valdir Barranco para que ele assuma a vaga.

Se isso acontecer, Taborelli ficará sem mandato. Dessa forma, ele vem tentando se manter na cadeira e dentro das estratégias adotadas estão denúncias contra integrantes do Partido dos Trabalhadores.

A fiscalização foi realizada em 101 escolas estaduais de 6 municípios de Mato Grosso e identificou que as irregularidades nas matrículas geraram um prejuízo estimado em R$ 2 milhões aos cofres públicos. As escolas que apresentaram problemas desta natureza foram notificadas a apresentarem justificativas e os gestores podem ser penalizados.

Por sua vez, o deputado Pery Taborelli diz que os recursos foram “desviados dos cofres públicos através da manobra”. Ele entende “que as fraudes nos cadastros escolares podem ser de responsabilidade da gestão dos referidos denunciados, em circunstância ao período em que ocorreram as supostas matrículas”.

Na denúncia contra os ex-secretários, protocolada junto ao Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, o parlamentar pede que em caso de comprovação de irregularidades nas gestões, seja oferecida denúncia na Justiça por improbidade administrativa. Ele pontua que Ságuas Moraes esteve à frente da pasta no período de 7 de maio de 2007 a 9 de agosto de 2013 até ser substituído por Rosa Neide, que administrou a Seduc até 31 de dezembro de 2014.Por essa razão, segundo Taborelli, deve ser realizada a investigação pelo Ministério Público.

Fonte: Welington Sabino, repórter do Gazeta Digital