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Você sabia que houve uma época em que crianças eram enviadas pelo correio?

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MEGACURIOSO

Já imaginou se não fosse possível comprar itens pela internet ou enviar um cartão postal a alguém durante aquela sua viagem especial? E se trocar cartas, ainda que cada vez menos pessoas façam isso, não fosse uma opção muito viável? Idem para receber assinaturas de revistas e jornais, contas e documentos – a verdade é que o serviço de entregas de cartas e produtos é de grande importância.

As primeiras empresas privadas de entrega começaram a surgir ao longo do século 19, e a novidade fez tanto sucesso e facilitou tanto a vida das pessoas que, nos EUA, depois de janeiro de 1913, quando os serviços de entrega ficaram cada vez mais populares e eficientes, algo bem estranho começou a acontecer.

Você sabe como uma criança nova na família mexe com as emoções de todo mundo, e não há nada mais bacana do que ver os vovós conhecendo seus netinhos. Pensando nisso, o casal Jesse e Mathilda Beagle decidiu enviar o pequeno rebento, James, que tinha 8 meses de idade, para a que a avó o conhecesse. Como? Pelo correio, oras.

Encomenda especial

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O bebê estava dentro do limite de peso das encomendas que a empresa aceitava fazer, e o frete custou 15 centavos de dólar. Dada a peculiaridade do caso, até mesmo para as pessoas da época, a história do bebê acabou virando manchete de jornais e, claro, inspirando outros papais e mamães a fazerem o mesmo.

Não deu outra: histórias como as do pequeno James começaram a se multiplicar nos ambientes rurais da Terra do Tio Sam, e um dos casos famosos da época foi o de uma garota de 4 anos, Charlotte May Pierstorff, que foi enviada até a casa dos avós, percorrendo 73 km de distância. A história de Charlotte virou livro, inclusive, o Mailing May. Naquela época, enviar crianças pelo correio era mais barato do que comprar uma passagem de trem.

Charlotte não foi sozinha, mas acompanhada de um primo de sua mãe, que trabalhava para a empresa de entregas. Esse tipo de “entrega” foi realizado por alguns anos até que, no dia 14 de junho de 1913, o envio de crianças pelo correio se tornou oficialmente proibido.

Ainda que hoje vejamos essa prática como negligência, a historiadora Jenny Lynch, que falou sobre o caso com o Smithsonian, disse que, na verdade, esses envios mostravam que a comunidade rural confiava muito nos trabalhadores das empresas de envios de cartas e encomendas. Disso não há dúvidas.

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