Produtor de Diamantino é campeão de produção e adota silos alternativos
Produtores rurais de Mato Grosso precisam estocar temporariamente os grãos de milho em silos bag, que são tubos flexíveis de polietileno de alta densidade, devido a falta de armazéns. O estado consegue armazenar mais de 36 milhões de toneladas de grãos, porém, mais de 40% do que é retirado dos campos não podem ser estocados em armazéns.
Em uma fazenda localizada em Diamantino, a 209 km de Cuiabá, segundo o produtor Erny Parisenti, foram instalados 150 silos bag para armazenar os grãos. Cada bolsa tem 50 metros e armazena mais de três mil sacas de milho. “Tivemos que fazer 150 silos bag porque não tínhamos mais espaço nos armazéns para guardar a produção”, disse.
Na última safra, entre o milho e a soja, foram colhidos mais de 200 mil toneladas. No entanto, apenas 30% da produção é colocada nos armazéns. O deficit em Mato Grosso é de 41% No ano passado, foram colhidas 61 milhões de toneladas dos grãos. Das 2,2 mil unidades que guardam a safra, 77% são de cooperativas e operadoras de serviços e 22% são de produtores. Menos de 0,5% pertence à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O estado consegue armazenar mais de 36 milhões de toneladas de grãos, ou seja, mais de 40% do que é retirado dos campos não pode ser estocados em armazéns. A recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) para a alimentação e a agricultura é de que a oferta de armazenamento deve ser 20% maior do que a capacidade de produção de um estado.
O estado deveria ter estrutura para armazenar 70 milhões de toneladas. Para o diretor executivo do Movimento Pró-logistíca de Mato Grosso, Edeon Vaz, a falta de estrutura acontece devido à dificuldade de acesso a linhas de crédito. “Os bancos deveriam aceitar como garantia o próprio armazém do financiamento, e isso ajudaria no armazenamento”, contou.