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SEM ASSISTENCIALISMO: Novato critica AL por doar ambulâncias e recusa Saúde de MT

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Folha Max

Médico João José alerta que parlamentares fazem politicagem com transporte de doentes

O deputado estadual eleito, médico João José de Matos (MDB), criticou o fato da Assembleia Legislativa entregar ambulâncias aos municípios em 2016. Segundo ele, a ação estimula a “continuidade do erro” na saúde pública.

Outro assunto denunciado pelo emedebista foi o uso da troca da ambulância por votos. Para ele, alguns políticos seguem usando de práticas imorais, com a política do “troca–roca”.

O médico falou sobre o assunto, a rádio Vila Real, em Cuiabá, na semana passada. “É muito mais cômodo para o político dar ambulância e este pessoal (famílias) arrumar o atendimento médico na capital. Aí, essa família fica devendo favor para aquele político e ele continua se elegendo”, destaca.

Em 2016, o Legislativo doou R$ 20 milhões para a compra de 141 ambulâncias, sendo uma para cada cidade de Mato Grosso. Cada ambulância custou R$ 163,3 mil.

Na época, o presidente da Casa de Leis era o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) e todos os carros foram entregues aos municípios por deputados representantes de cada região. “A gente viu há um tempo um deputado dando uma ambulância para cada cidade. Não tem que dar ambulância. A Assembleia fez isso, deu uma ambulância para cada cidade pra que? Está estimulando o que está errado. Pra jogar o paciente no pronto-socorro, que está lotado de pacientes do interior”, acusa.

O médico explica que é necessário investir no atendimento primário nos municípios e assim evitar que ambulâncias sejam usadas apenas para despejar pacientes na capital. Ele cita ainda que a “experiência” de sair do interior para ser atendido no Pronto Socorro de Cuiabá é frustrante aos pacientes. “A população que nos ouve agora, muitos devem ter passado pela experiência de ir à sala vermelha do pronto-socorro. Chega lá e fala assim: começou a terceira guerra mundial e não me avisaram. Agora, o paciente deixa sua cidade duas horas da manhã e vem fazer uma consulta em Cuiabá, o cardiologista pede um ecocardiograma, ele volta, regula e espera mais seis meses”.

Apesar da experiência de ser médico e militar na saúde pública, João José de Matos descarta assumir a pasta caso seja convidado pelo governador eleito Mauro Mendes (DEM). “Tenho o compromisso de assumir minha cadeira na Assembleia e não me interessa ir para a secretaria agora”, declarou o médico citando que nem chegou a ser convidado.

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