Bezerra afirma que final do Governo Taques “é melancólico”
Deputado federal avaliou que esquemas revelados por empresário são ruins para a imagem de MT
O deputado federal Carlos Bezerra (MDB) classificou como “melancólico” os últimos meses do governo Pedro Taques (PSDB), especialmente em razão de o tucano ter sido citado na delação do empresário Alan Malouf, cujo sigilo foi retirado pelo ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O empresário – condenado a 11 anos de prisão por fraudes na Secretaria Estadual de Educação (Seduc) investigadas pela Operação Rêmora – disse que o esquema foi montado para sanar dívidas não declaradas da campanha de Taques, em 2014.
No total, Malouf afirmou que captou R$ 10 milhões em "caixa dois" para o tucano.
“É um fim melancólico pra quem pregava a moral a qualquer preço, a honestidade a qualquer preço”, disse Bezerra, em alusão ao discurso de Taques, que foi eleito pregando o combate à corrupção.
Bezerra afirmou que os esquemas revelados na delação de Alan Malouf são ruins para imagem de Mato Grosso de uma forma geral e “trágicos” para a atual administração.
“É lastimável, né. Quem veio para o poder com tanta pregação moralista e terminar assim, é trágico. Terminar o governo assim, eu lastimo muito. É ruim para Mato grosso, ruim para imagem do Estado”, acrescentou Bezerra.
Delação
A delação do empresário foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio deste ano. No último dia 19, o ministro Marco Aurélio de Mello retirou o sigilo do processo.
A Operação Rêmora desarticulou um esquema de fraudes em diversas licitações da Seduc para construção e reforma de escolas, por meio da exigência de propina aos empresários que formavam o cartel.
Segundo Malouf, o esquema foi montado para sanar dívidas não declaradas da campanha do governador Pedro Taques (PSDB).
O empresário foi condenado, em outubro do ano passado, a 11 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, pelos fatos.