Dupla armada pede Uber para cometer assaltos e acaba na delegacia
Paulo Marcos Cebalho da Silva Dias, 19, foi preso em por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e corrupção de menor. Ele estava com o menor A.V.E.S.S., 17 anos, a bordo de um Uber, ambos armados, quando o veículo gol vermelho conduzido por Uber G.B.S., 25, foi parado pela guarnição da Rotam. O caso ocorreu por volta das 22 horas de sexta-feira (6), na Avenida Dante Martins de Oliveira (Avenida dos Trabalhadores), no bairro Pedregal, próximo a Energisa, em Cuiabá.
Consta no boletim de ocorrência que a guarnição da Rotam estava em rondas pela Avenida dos Trabalhadores, quando avistou um veículo Gol vermelho com 3 ocupantes. Foi dada a ordem de parada e abordagem dos suspeitos, momento em que foram encontrados dois revólveres nas cinturas de Paulo e do menor. O primeiro com um revólver calibre 32 com numeração e identificação raspada e 5 munições intactas e o segundo com um revólver calibre 32 da marca Smith Weeson com 5 munições intactas.
Questionados sobre os armamentos, apenas G.B.S. se apresentou como motorista de Uber e disse que não tinha conhecimento das armas. Os outros dois suspeitos então confessaram que pretendiam praticar um assalto naquela noite. Diante da situação, os policiais conduziram todos para a Central de Flagrantes, no bairro Planalto.
Na delegacia, Paulo Marcos recebeu voz de prisão em flagrante delito. Ele foi entregue para a Gerência de Monitoramento e Custódia e passará por audiência ainda neste sábado (6).
Como nada de ilícito foi encontrado com o motorista de Uber e ele apresentou os documentos do carro alugado que usava para trabalhar, ele foi liberado, mas o carro ficou apreendido. Conforme apurado, o motorista do Uber foi acionado não pelo aplicativo, mas por ligação de um número desconhecido. Ele buscou os dois suspeitos próximo à feira do bairro Jardim Imperial. De lá, levou os rapazes para o bairro Verdão e voltaram em direção ao Pedregal.
Ao perceber a alteração de comportamento dos dois suspeitos quando viram a viatura da Polícia, o motorista afirma que questionou se eles estavam com algo ilícito, o que foi negado por ambos. Ao ser abordado pela Rotam, somente ele desceu e os outros ficaram dentro do carro. Quando a Polícia revistou o carro, as armas estavam no porta-luvas e ele se defendeu dizendo que os revólveres devem ter sido colocados lá pelos dois suspeitos, enquanto ele desceu do carro para se apresentar aos PM’s.
Isso foi confirmado pelo menor, que negou o envolvimento do motorista no caso e confessou ter saído com Paulo para cometer crimes. Ele assumiu para si a culpa da compra e posse das armas.
Diante disso, foi confeccionado o registro de ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo e de munição. Uma mulher se apresentou na delegacia como a responsável pelo menor e o levou para casa, se comprometendo em apresentar o menor à Vara da Infância e Juventude e ao Ministério Público ou à delegacia, quando notificada. Paulo, ao ser interrogado pelo delegado, acompanhado de um advogado, preferiu ficar calado e afirmou que apenas prestará declarações em Juízo.