O grande mandato de Taques será o 2º, diz Wilson ao amenizar gestão conturbada
Defensor fervoroso da administração Pedro Taques (PSDB), o secretário de Cidades e deputado licenciado Wilson Santos (PSDB) garante que o eventual segundo mandato do governador será melhor do que o atual. “Esse foi um governo de arrumação. O grande mandato do Pedro será o segundo, com a casa arrumada e dívida renegociada”, diz Wilson.
Com a declaração, Wilson tenta amenizar os efeitos dos anos conturbados em que Taques está no poder. Desde 2015, o tucano passou por momentos de crise financeira – com arrecadação baixa e atraso nos salários e duodécimos – e política – escândalos de corrupção na Seduc e caso dos grampos ilegais.
Agora, no início de seu último ano de gestão, o chefe do Executivo, mesmo negando, não goza mais de bom relacionamento com a Assembleia. Sem repassar emendas parlamentares, sofreu uma rasteira e será investigado na CPI dos Fundos, criada com a ajuda, até mesmo, de seu líder no Legislativo, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), e outros deputados da base.
Eleitoralmente, por conta dos problemas administrativos e certa rejeição popular, Taques também passa por momento apreensivo, com a ameaça de acabar sendo abandonado pelos aliados que o acompanham desde 2010. Informações nos bastidores dão conta de que o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, apoiado pelo ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), está disposto a peitar Taques nas urnas. Mauro vai aderir ao DEM numa articulação com a cúpula nacional. A saída dos democratas da base aliada deve ser anunciada entre março e abril.
Com a ameaça da traição dos aliados, Wilson analisa que o grande desafio de Taques será o de conseguir reconstruir a sua base. Em entrevistas anteriores, ele adimitiu o poder de fogo do DEM, mas ressaltou que o governador conseguirá manter Mauro no grupo.
Wilson afirma que caso o tucano consiga isso, será eleito ainda no primeiro turno nas eleições de outubro, uma vez que a oposição não tem nome com credibilidade para conquistar o voto do eleitor. Wilson ainda nega acreditar na possibilidade de traição dos líderes dos partidos de situação, como Mauro. “Todos os líderes que estão na base do Pedro são fiéis. Fazem parte desse projeto, que não acabou.”