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Agentes de saúde vão receber mais R$ 200 para combater Aedes Aegypti

A medida foi anunciada nesta quarta-feira (20) pelo governador Pedro Taques (PSDB

CAPA_2Agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias nos municípios mato-grossenses passarão a receber R$ 200,00 a mais no salário como estímulo para intensificarem a atuação contra o mosquito Aedes aegypti. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (20) pelo governador Pedro Taques (PSDB) como uma das iniciativas do plano emergencial integrado lançado para evitar a proliferação do vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika.

De acordo com o governador, o estado deverá enviar recursos às Prefeituras para realizar a complementação salarial de R$ 200 aos agentes de saúde entre fevereiro e maio. Atualmente, um agente recebe cerca de R$ 800, de modo que a complementação deverá equivaler a um “14º salário”, nas palavras do governador.

“Nós reconhecemos a importância desses profissionais e o estado de Mato Grosso está estudando a questão orçamentária para que esses valores não possam ser retirados depois desses quatro meses”, assegurou Taques no lançamento do plano emergencial de enfrentamento ao Aedes aegypti.

Além da complementação salarial dos agentes, o estado se comprometeu a auxiliar financeiramente os municípios para as ações de vigilância epidemiológica e combate às endemias. Serão distribuídos aos 141 municípios pouco mais de R$ 20,1 milhões em recursos do estado

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Eduardo Bermudez, cerca de R$ 13 milhões serão repartidos de forma equânime entre as prefeituras – de forma que cada uma deverá receber, portanto, pouco mais de R$ 92 mil – e os demais R$ 7 milhões serão distribuídos conforme o tamanho da população de cada município.

Os valores servirão para gastos como aquisição de equipamentos e custeio das ações de controle do Aedes aegypti nos municípios e as ações deverão ser coordenadas por uma sala de situação de abrangência estadual na Secretaria estadual de Saúde (SES) em ligação com os escritórios de saúde do estado e com as secretarias municipais de saúde. Os municípios também deverão receber reforço de veículos para o trabalho de limpeza de criadouros e focos do mosquito Aedes aegypti nos municípios.

Além de combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o estado pretende assegurar a notificação dos casos de dengue, chikungunya e zika, bem como os casos suspeitos de microcefalia provocada pelo zika vírus. Isso porque a subnotificação dos casos prejudica a tomada de decisões do estado quanto às estratégias de combate ao mosquito.

O problema da subnotificação acomete significativamente os dados sobre a proliferação do zika vírus no estado, por exemplo. Até o momento, Mato Grosso já registrou 6.430 casos de zika, segundo a SES, mas o estado estima, conforme critérios de investigação do Ministério da Saúde, que já tenham ocorrido mais de 90 mil casos da doença nos 141 municípios, evidenciando uma subnotificação de mais de 92% dos casos – ou seja, a cada 10 casos, o estado estima que pelo menos nove estejam deixando de ser informados às autoridades.

Isso decorre de fatores variados como o acesso precário da população a serviços de saúde, omissão de profissionais da saúde ou até mesmo falhas burocráticas recorrentes na comunicação entre as secretarias municipais e a SES. No caso específico da zika, outra situação que atrapalha a real notificação é o fato de que, em 80% dos casos, quem contrai o vírus não apresenta qualquer sintoma.

"A subnotificação prejudica a avaliação dos recursos necessários para os municípios. O nosso pedido é para que haja essa melhoria das informações - quer de dengue, chikungunya ou zika", explicou o secretário Eduardo Bermudez.

Fonte: G1 MT

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