Professores de Rosário Oeste participam de reunião e dão prazo ao Estado
Após ameaçarem paralisar as atividades a partir desta terça-feira, os professores da rede estadual de ensino de Rosário Oeste se juntaram aos outros professores de Mato Grosso e decidiram, em assembleia geral realizada na tarde desta segunda, dar mais um prazo para o Governo do Estado atender as reivindicações da categoria. A classe permanecerá em estado de greve até o mês de setembro, quando será realizada uma nova assembleia geral.
Segundo o presidente do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso), Henrique Lopes, os votos a favor de greve já nesta terça-feira era considerável. “Por bom senso e em busca de um diálogo estendemos o estado de greve até setembro e aguardamos um posicionamento do Governo para, pelo menos, abrir o diálogo”, declarou.
Para Miriam Botelho, que mora em Rosário Oeste e é secretária-geral do Sintep, o Governo não está respeitando a categoria ao não debater as reivindicações. Ela citou que o indicativo de greve existe desde o dia 8 de junho.
Onde reivindicam a diferença dos pagamentos da diferença da reposição salarial, bem como outras melhorias para o sistema educacional. “Existe um desrespeito a gestão democrática nas escolas, ao descumprimento da recomposição salarial, na intervenção no mandato e na eleição dos diretores. Também cobramos concurso público para educação, o que não acontece há 4 anos”, ponderou a secretária.
Estiveram reunidos representantes de 113 municípios, sendo a principal representatividade da base do interior de Mato Grosso.
FILIAÇÃO DE TAQUES
O Sintep também criticou a forma como o governo tem sido conduzido nestes primeiros meses de mandato. Para a categoria, o estado tem apresentado uma lógica extremamente moralista, apontando que tudo que foi feito em governos passados foi errado, inclusive na educação.
O presidente do Sintep aponta ainda que os impactos da crise política federal repercutem em Mato Grosso. O fato do governador Pedro Taques estar mudando de partido é acompanhado de perto pelos representantes da categoria.
Henrique Lopes alertou que Taques sinaliza para filiação em partidos com tendências diferentes pela qual se elegeu, principalmente na política para a Educação. “Não vou falar nomes de partidos. Mas pelo que estamos vendo, ele sinaliza ingressar numa legenda que prega algo bem diferente daquilo que ele propôs para a Educação. E isso pode prejudicar os trabalhadores e os próprios alunos”, avaliou.
Após oficializar a saída o PDT na última semana, Pedro Taques sinaliza ingressar no PSDB ou no PSB. A sigla tucana é apontada como o destino do governador.
Fonte: Folha Max com Manoel Netto