Cinco órgãos federais entram em greve
Cinco órgãos federais em Mato Grosso deflagraram greve geral nesta terça-feira (04). Outros três devem aderir até o final da tarde à mobilização nacional, que tem como pauta principal o reajuste de 27%, correspondente às perdas salariais dos últimos anos.
Já estão com as atividades paralisadas o Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso (Sindsep/MT), Carlos Alberto de Almeida, explica que até o final do dia a Advocacia-Geral da União (AGU), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) devem abraçar o movimento.
Para o sindicalista, a proposta apresentada pelo governo Dilma Rousseff (PT) de reajuste escalonado de 21,3%, para os próximos quatro anos, "é indecente e indecorosa". Os trabalhadores querem aumento de 27,3% em única parcela.
Além da recomposição das perdas salariais, o grupo também pede por melhorias nas estruturas dos órgãos e da carreira. "Os servidores não têm motivação nenhuma para continuar no cargo. Para se ter uma ideia, das pessoas que passaram nos últimos concursos públicos, mais de 70% já saíram".
Os grevistas exigem ainda do governo Dilma o retorno da data base de reajuste salarial para todo dia 1º de maio. "A correção ficou uma coisa solta desde governo Fernando Henrique". A paridade salarial entre ativos e pensionistas também faz parte da pauta de reivindicação. Segundo Carlos Almeida, um servidor que se aposenta perde em media 40% do salário.
Ato público
Nesta quinta-feira (06), os servidores realizarão um ato na Praça Alencastro, em Cuiabá, a partir das 9h30, para manifestar a insatisfação com relação à política fiscal do governo Dilma e cobrar efetividade nas negociações das pautas especificas.
Priscilla Silva, repórter do GD