Salário de janeiro também será parcelado
O governador Mauro Mendes (DEM) confirmou que a folha salarial de janeiro, que deve ser honrada até o dia 10 do próximo mês, será paga de forma parcelada. O democrata afirma que todos os servidores receberão nos mesmos dias, ao invés de fazer o escalonamento por faixa salarial.
“A nossa intenção é pagar o mesmo valor que o caixa permitir no dia 10 para 100% dos servidores, e assim gradativamente, até que o caixa permitir ir complementando ao longo do mês. Só teremos isso no início do mês, porque a arrecadação vai se comportando e nós vamos evoluindo com esses números, dia-a-dia e minuto a minuto. E honrando os compromissos básicos, mínimos, necessários para não comprometer serviços essenciais”, explicou o chefe do Executivo Estadual.
De acordo com ele, esta mudança era para ter sido implementada já neste mês, mas não foi possível por conta do sistema da Secretaria de Fazenda (Sefaz).
“Nós só não fizemos isso no mês de janeiro porque os sistemas de folha e de pagamento na Secretaria de Fazenda não permitiam em um curto espaço de tempo essa mudança. Eu solicitei aos setores responsáveis, tanto da gestão de folha quanto da Fazenda, que tomasse as providências necessárias para que no próximo mês nós tenhamos uma alteração”, explicou.
Vale lembrar, entretanto, que Mendes ainda não quitou a folha de pagamento de dezembro. Os salários serão 100% quitados somente no dia 31 de janeiro, quando serão pagos os servidores com vencimentos superiores a R$ 6 mil.
No mês de janeiro, o salário de dezembro foi escalonado em três parcelas. A primeira com recebimento até dia 10, para os que recebem até R$ 4 mil, mais os aposentados e pensionistas. Quem recebe até R$ 6 mil recebeu dia 24 e, no dia 30, os demais salários a serem pagos.
No que tange a arrecadação, Mendes afirma que Mato Grosso fechará o mês de janeiro com um déficit de aproximadamente R$ 150 milhões. “A arrecadação do mês de janeiro está exatamente conforme o planejamento. Não é nem melhor e nem pior. Ela vem na média sendo absolutamente idêntica. Tem déficit. Nós temos o orçamento deficitário. Se arrecada o mesmo que está previsto e o gasto é maior, então nós vamos terminar o mês de janeiro com déficit. No orçamento, está previsto um déficit de R$ 120 a R$ 150 milhões”, salientou.
SERVIDORES - Mauro Mendes minimizou a mobilização dos servidores desta semana, que ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa por dois dias e conseguiram adiar a votação dos projetos, inicialmente prevista para a noite de terça-feira (22).
“Outras mobilizações registraram número muito, mas muito maior de servidores em movimentos anteriores. Nitidamente muito maior. Entretanto houve uma invasão, uma ocupação do plenário, que não me lembro se já foi registrada em vezes anteriores”, declarou.
Ele negou que tenha faltado diálogo com o Fórum Sindical, conforme reclamaram os sindicalistas, que cobraram o mesmo tratamento dado ao agronegócio nos debates. “O diálogo sempre vai existir. Existiu nesse período. Conversamos com vários sindicatos, servidores. Nossa orientação é sempre dialogar, prestar informações, esclarecimentos. Isso é um dever de quem está na administração pública, sempre será feito”, disse Mendes.