UM DIA ANTES DE MORRER: Bandido grava áudio dizendo que ficaria famoso após roubo

O teve acesso a áudios recuperados do celular do bandido Luciaquino Quirino Serra de Paula, morto no confronto com a Polícia Civil no supermercado Atacadão, em maio de 2019. Ele afirma que a ação iria entrar para história e que ficaria famoso na mídia. O áudio foi enviado um dia antes, no dia 9 de maio de 2019, para sua namorada, que ele se vangloria de um assalto a uma joalheira e afirma que depois de atacar o carro forte a polícia iria ficar irritada com ele.

“Olha aqui nega, tem aquela pegada da joalheira lá. Aquela filmagem eu enquadrando o PM ficou para história, não ficou? Você vai ver a hora que eu pegar esse carro forte e ficar naquele modelo, passa na mídia de novo. Aí que a polícia vai ficar só o ódio comigo”, disse Luciaquino.

Ouça: 

No dia seguinte, 10 de maio, otimista, o bando criminoso gravou um vídeo ouvindo sertanejo enquanto se dirigia até o Atacadão, para roubar o carro forte da empresa Brink’s. Das quatro pessoas que aparecem na gravação, apenas Júnior Alves sobreviveu e está foragido. (veja aqui)

Os assaltantes, fortemente armados, tentaram atacar um carro forte da Brinks no momento em que os funcionários abasteciam os caixas eletrônicos do supermercado Atacadão, do bairro Tijucal. A polícia teve uma reposta imediata, que terminou em confronto com os bandidos. Três dos assaltantes morreram na troca de tiros. Nenhum cliente ou funcionário ficou ferido durante a ocorrência.

Investigação

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) deflagrou uma operação, na quarta-feira (23), para cumprir três mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Terceira Vara Criminal da Capital. A ação foi contra integrantes do bando que tentou roubar o carro forte da empresa Brinks, no supermercado Atacadão, no dia 10 de maio de 2019.

Os mandados foram cumpridos sob comando da delegada Juliana Chiquito Palhares.

As investigações da GCCO apontaram que a funcionária da empresa estava fornecendo informações para o bando criminoso. Ela enviava fotos, dados sigilosos e localizações dos pontos de abastecimento de caixas eletrônicos de diversos clientes da empresa Brinks. A participação dela foi apontada desde o dia do crime, uma vez que as imagens das câmeras de segurança mostram ela praticamente indo ao encontro do bandido, que foi morto enquanto estava abraçado com ela e não atirou.

Fonte: Repórter MT