Juiz decide que TikTok ainda pode ser baixado nos EUA
A decisão concede liminar solicitada pela ByteDance, chinesa dona do app. Na petição, a empresa alegou que a uma possível proibição não condiz com a Constituição do país. “O TikTok é muito mais do que um aplicativo, é a versão moderna do fórum público, é uma comunidade, é um meio de comunicação (...) muito importante em tempos de pandemia”, disse o advogado da ByteDance, John Hall.
Vale destacar que a plataforma também justificou dano irreparável se a proibição for imposta, sendo que apenas no início do verão (no hemisfério norte), o app conquistava 424 mil novos usuários americanos por dia.
Batalha entre TikTok e EUA tem mais uma disputa encerrada, sendo que, desta vez, o app chinês conseguiu o direito de permanecer no território americano. Créditos: Ascannio/Shutterstock
Sendo assim, a resolução permite que Google e Apple ainda mantenham o aplicativo em suas lojas virtuais até segunda ordem. Na fundamentação do parecer, o magistrado ainda disse que o governo dos EUA tem agido de maneira caprichosa para prejudicar o app, o que também fere a liberdade de expressão dos americanos.
No entanto, o juiz se limitou a julgar apenas esta parte do processo, se recusando a bloquear restrições extras impostas pelo Departamento de Comércio dos EUA ao aplicativo. As novas delimitações entram em vigor em 12 de novembro e englobam “qualquer provisão de hospedagem de internet que habilite o funcionamento ou otimização do aplicativo nos EUA”. Isso quer dizer que se o acordo entre TikTok e Oracle e Walmart não for aprovado, o app não poderá mais funcionar naquele país.
Venda do TikTok
Alegando segurança nacional, o governo do presidente Donald Trump impôs uma condição para que o app continue funcionando no país: a parceria com uma empresa americana, que teria acesso ao código-fonte do TikTok. Desta forma, a proteção contra espionagem chinesa estaria garantia.
No topo da lista para fechar o acordo estão a Oracle e Walmart, que juntas teriam parte da administração do app nos EUA.
Via: Folha de São Paulo/Veja