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CAIXA 2 EM 2014: Ex-governador de MT é investigado em 9 inquéritos por citação em delações

Taques celular
O ex-governador Pedro Taques (SD), hoje pré-candidato ao Senado na eleição suplementar do dia 15 de novembro, é investigado em pelo menos nove inquéritos policiais instaurados a partir de delações premiadas de ex-aliados políticos e de integrantes do governo de seu antecessor, Silval Barbosa, também delator premiado. Dentre eles, o empresário Alan Malouf e o ex-secretário estadual de Educação, Permínio Pinto, ambos presos na Operação Rêmora que desarticulou um esquema de fraudes a licitações na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em maio de 2016 no 2º ano de governo de Taques.

Pelo menos seis investigações em andamento na Justiça Eleitoral, de acordo com o site Olhar Direto, são relativas a crimes de caixa 2. Dentre os delatores que atribuíram fatos que respingam em Taques, também estão investigados por esquemas ocorridos na gestão do ex-governador Silval Barbosa, como é o caso da Operação Sodoma.

Um deles é o empresário e Júlio Minori, da empresa Webtech, investigado na 2ª fase da Sodoma 2. Ele confessou que fez doações de R$ 50 mil na campanha de 2014 para beneficiar o então candidato Pedro Taques. A ponte foi feita pelo ex-secretário de Administração, Pedro Elias, outro ex-integrante da gestão Silval Barbosa, que também foi preso e depois virou delator. Minori revelou que as doações não foram contabilizadas na prestação de contas de campanha e serviram para quitar dívidas de caixa 2 de Taques.

No caso do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, também foram apontados supostos crimes eleitorais atribuídos a Pedro Taques em 2014 quando era candidato e foi eleito governador. Permínio revelou, em sua delação premiada, que Taques também recebeu doações ilegais feitas pelo empresário Fabiano Bearare da Costa. Revelou ainda que nesse episódio também houve a participação do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), outro pré-candidato ao Senado na eleição suplementar deste ano.

Segundo o delator, teria sido Leitão quem articulou uma reunião entre o empresário Fabiano Bearare e Taques sob pretexto de que apresentaria um projeto educativo que na verdade seria uma contrapartida ao pagamento de despesas de campanha não contabilizadas de Nilson Leitão e Pedro Taques na disputa de 2014.

A delação de Alan Malouf gerou um inquérito para investigar a prática de caixa 2 envolvendo doações de empresários do setor sucroalcooleiro à campanha de Pedro Taques. Ele citou que dentre as doações estariam o valor de R$ 1 milhão repassado pelo empresário Piero Vincenzo, presidente da Associação Sucroalcooleiro de Mato Grosso. Esse valor também não teria sido registrado na contabilidade oficial de campanha de Taques.

Outro inquérito instaurado a partir da delação de Malouf investiga suposto caixa 2 no valor de R$ 2 milhões, oriundas de doações feitas pela Gráfica Print, do empresário Dalmi Defanti, e também não declaradas de forma oficial na contabilidade de campanha de Pedro Taques.

Outro inquérito investiga caixa 2 eleitoral envolvendo R$ 820 mil "doado" pelo empresário Fernando Minosso, dono do Posto Zero, à campanha de Pedro Taques declarada a Taques. O empresário tinha interesse em integrar o staff de Taques e comandar a Casa Civil, o que não aconteceu. Esses detalhes também foram revelados por Alan Malouf ainda em 2018.

SILVAL TAMBÉM DELATOU TAQUES

Outra investigação foi aberta a partir de declarações do ex-governador Silval Barbosa, também delator premiado. Ele apontou uma propina de R$ 4 milhões paga pela empresa JBS/Friboi disfarçada de "doações" para a campanha de Pedro Taques em 2014.

Conforme Silval, o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, teria vindo a Cuiabá para se encontrar com Taques e fechar um acordo sobre a doação. Em troca, a gestão de Taques não iria abrir investigações contra a empresa por atos e supostos esquemas operados na gestão de Silval.

OUTRO LADO

Pedro Taque divulgou nota sobre as delações que trazem denúncias contra ele. O candidato ao Senado, Pedro Taques (Solidariedade), destaca que apoia o instituto da delação premiada.

Afirma que já estudou os institutos nos Estados Unidos e na Itália. Porém, afirma que no Brasil o instituto virou festa e instrumento de perseguição.

Lembra que apesar de delação contra ele, não responde a qualquer processo sobre esses casos na Justiça. Lembra que como ele, outras figuras de Mato Grosso, políticos nacionais e até membros da Suprema Corte já foram alvos de delação.

Destaca que muitas são delações que não se comprovam. Ressalta que há um ano nove meses que saiu do governo está sendo investigado, mesmo com todo esse tempo de investigação não tem uma ação penal contra ele por improbidade administrativa. "Nada disso virou processo. A Lava Jato, por exemplo, citou várias personalidades de Mato Grosso, inclusive ex-senadores", disse.

Fonte: Folhamax


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