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PC avisa que operação está "longe do fim" e investiga propina em MT



O delegado Eduardo Botelho, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e um dos responsáveis pela "Operação Tempo é Dinheiro", que desmantelou um esquema de fraudes nos atendimentos do Ganha Tempo, na manhã de terça-feira (1º), afirmou que as investigações ainda estão “longe de acabar”. A tendência é de que os materiais colhidos nas buscas e apreensões subsidiem novas fases da operação.

A partir de agora, a PC deve mirar a suspeita de que propinas teriam sido pagas para agentes públicos do Estado. “A investigação continua. Esperamos que as medidas cumpridas sejam suficientes, tanto para garantir a ordem pública, quanto na obtenção de provas. Mesmo assim, a investigação está longe de acabar”, disse Botelho ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real.

Ainda conforme o delegado José Ricardo Bruno, também responsável pelas investigações, a primeira auditoria apontou prejuízo de R$ 6,6 milhões. No entanto, o valor deve aumentar após um novo procedimento do Estado determinado pela juíza Ana Cristina Mendes.

O processo de investigação começou a após o governador Mauro Medes (DEM) solicitar que a Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Controladoria Geral do Estado (CGE) analisassem supostas irregularidades que estariam sendo cometidas pela empresa Rio Verde, responsável pela gestão do Ganha Tempo. A auditoria do CGE apontou existência de indícios de ilegalidades.

A operação apontou que a empresa gerava senhas falsas, já que o valor repassado pelo Estado era pago por atendimento. De acordo com a investigação, 105 mil senhas fictícias custaram aos cofres públicos R$ 6.366,858,81 milhões, entre março de 2018 e janeiro de 2020.

O valor foi bloqueado judicialmente para ressarcimento do erário. No total, foram expedidos 19 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares decretadas contra os gerentes das unidades e gestores da empresa que detém um contrato de cerca de R$ 400 milhões com o Estado.

Fonte: folhamax
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