Hipótese de que a Lua se formou após impacto de Theia com a Terra é reforçada
Quando o assunto é a formação da Lua, uma hipótese bastante aceita é a do Grande Impacto, que aponta que nosso satélite natural surgiu após a colisão da proto-Terra com Theia, um planeta do tamanho de Marte, há mais de quatro bilhões de anos. Em um estudo recente, os cientistas analisaram rochas lunares e encontraram evidências que dão ainda mais força para esta hipótese.
O estudo foi feito por uma equipe liderada pela NASA, que examinou rochas da Lua trazidas à Terra por astronautas das missões Apollo, há mais de 50 anos, para entender as diferenças químicas entre rochas lunares e terrestres. Ao investigar as amostras com ferramentas que não estavam disponíveis na época daquele programa lunar, a equipe encontrou quantidades e tipos de cloro nas rochas que evidenciam a "hipótese do impacto gigante". Eles descobriram que a Lua possui alta concentração de cloro “pesado”, enquanto a Terra tem mais cloro “leve” — e, aqui, os termos “pesado” e “leve” se referem aos isótopos de cloro, que contêm diferentes quantidades de nêutrons em seu núcleo.
Então, é possível que a Terra tenha se mantido praticamente inteira após a colisão, enquanto pedaços de ambos os planetas foram lançados ao espaço e se aglutinaram para formar a Lua. Neste primeiro momento, ambos os corpos tinham uma mistura de isótopos de cloro leves e pesados, mas isso mudou com a influência gravitacional da Terra sobre a Lua em formação.
O estudo foi feito por uma equipe liderada pela NASA, que examinou rochas da Lua trazidas à Terra por astronautas das missões Apollo, há mais de 50 anos, para entender as diferenças químicas entre rochas lunares e terrestres. Ao investigar as amostras com ferramentas que não estavam disponíveis na época daquele programa lunar, a equipe encontrou quantidades e tipos de cloro nas rochas que evidenciam a "hipótese do impacto gigante". Eles descobriram que a Lua possui alta concentração de cloro “pesado”, enquanto a Terra tem mais cloro “leve” — e, aqui, os termos “pesado” e “leve” se referem aos isótopos de cloro, que contêm diferentes quantidades de nêutrons em seu núcleo.
Então, é possível que a Terra tenha se mantido praticamente inteira após a colisão, enquanto pedaços de ambos os planetas foram lançados ao espaço e se aglutinaram para formar a Lua. Neste primeiro momento, ambos os corpos tinham uma mistura de isótopos de cloro leves e pesados, mas isso mudou com a influência gravitacional da Terra sobre a Lua em formação.
Theia teria colidido com a Terra há 4,4 bilhões de anos, liberando materiais (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Conforme ambas continuaram tomando forma depois da colisão, a Terra atraiu o cloro mais leve para si e teria deixado o cloro pesado — que tem tendência a resistir a mudanças e movimento — na Lua, e isso explicaria o porquê de a Lua não ter tanto cloro leve em comparação ao isótopo mais pesado. De acordo com as medidas analisadas no estudo, isso parece ser exatamente o que aconteceu. Justin Simon, cientista planetário da NASA e co-autor do estudo, explica que há uma grande diferença entre a formação elementar da Terra e da Lua, e eles queriam investigar o motivo por trás disso. “Agora, sabemos que a Lua era bem diferente no início, provavelmente devido à hipótese do grande impacto”.
Os cientistas também analisaram outros elementos da mesma família do cloro: outros halógenos "leves" são menos abundantes na Lua, e a equipe não identificou nenhum padrão que possa indicar que houve algum evento posterior que causou esta perda: “a perda de cloro na Lua provavelmente aconteceu durante um evento com grande energia e calor, o que aponta para a teoria do Impacto Gigante”, diz Tony Gargano, autor líder da pesquisa. Assim, esta pesquisa é mais um item na lista das evidências químicas que reforçam a hipótese, sugerida pela primeira vez há décadas.
O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Fonte: Space.com, NASA
Conforme ambas continuaram tomando forma depois da colisão, a Terra atraiu o cloro mais leve para si e teria deixado o cloro pesado — que tem tendência a resistir a mudanças e movimento — na Lua, e isso explicaria o porquê de a Lua não ter tanto cloro leve em comparação ao isótopo mais pesado. De acordo com as medidas analisadas no estudo, isso parece ser exatamente o que aconteceu. Justin Simon, cientista planetário da NASA e co-autor do estudo, explica que há uma grande diferença entre a formação elementar da Terra e da Lua, e eles queriam investigar o motivo por trás disso. “Agora, sabemos que a Lua era bem diferente no início, provavelmente devido à hipótese do grande impacto”.
Os cientistas também analisaram outros elementos da mesma família do cloro: outros halógenos "leves" são menos abundantes na Lua, e a equipe não identificou nenhum padrão que possa indicar que houve algum evento posterior que causou esta perda: “a perda de cloro na Lua provavelmente aconteceu durante um evento com grande energia e calor, o que aponta para a teoria do Impacto Gigante”, diz Tony Gargano, autor líder da pesquisa. Assim, esta pesquisa é mais um item na lista das evidências químicas que reforçam a hipótese, sugerida pela primeira vez há décadas.
O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Fonte: Space.com, NASA