Covid-19: relatório diz que mortes por dia nos EUA dobrarão em junho
Um relatório produzido pelo governo dos Estados Unidos, a partir de dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) prevê que o número diário de mortes em decorrência da Covid-19 no país pode subir para 3 mil em junho – um aumento de 70% em relação ao número atual de cerca de 1.750.
De acordo com o jornal New York Times, que teve acesso ao documento, o cenário atual de novos casos nos EUA atingiu um platô durante o mês de abril, mas espera-se que em meados de maio ocorra um novo aumento, chegando até a estimativa de 200 mil casos diários até 1º de junho, com um crescimento também nas mortes logo em seguida.
Não está claro se as projeções do CDC levam em conta o relaxamento no distanciamento social e a reabertura gradual no comércio, como defende o presidente Donald Trump. Mas o relatório observa que "ainda existe um grande número de municípios cuja carga continua a crescer ou está em um platô de incidência elevada".
Em uma entrevista realizada domingo passado (3) à Fox News, Trump pediu mais uma vez que os estados considerem a reabertura e admitiu que "perderemos de 75 mil, 80 mil a 100 mil pessoas". Ao mesmo tempo, o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington revisou sua estimativa para quase 135 mil mortes nos Estados Unidos até o início de agosto - mais do que o dobro do previsto em 17 de abril, quando estimou 60.308 mortes em agosto – o país já passou das 68 mil mortes.
Segundo o instituto, a revisão reflete "o aumento da mobilidade na maioria dos estados dos EUA, bem como o relaxamento das medidas de distanciamento social em 31 estados até 11 de maio, indicando que o crescente contato entre as pessoas promoverá a transmissão do coronavírus".
Sobre o relatório do CDC, Casa Branca respondeu ao NY Times que as novas projeções do governo federal não haviam sido examinadas. "Esses dados não refletem nenhuma modelagem feita pela força-tarefa ou dados que a força-tarefa analisou", disse Judd Deere, porta-voz do governo.
Fonte: olhardigital