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Servidores mantêm greve e dizem não temer risco de demissão

Mídia News

Os profissionais da Educação de Mato Grosso votaram por manter, por tempo indeterminado, a greve iniciada no dia 27 de maio. A decisão foi tomada em uma assembleia-geral no início da tarde desta segunda-feira (05), em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho, em Cuiabá.

A decisão ocorre após a desembargadora Maria Erotides Kneip, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, declarar a ilegalidade da greve e determinar que os servidores voltem ao trabalho no prazo de 72 horas, sob pena de multa de R$ 150 mil por dia.

Além disso, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que após 30 dias que a Justiça declarou a ilegalidade, o Executivo tem a prerrogativa de começar a afastar os grevistas e nomear novos contratados.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, afirmou que o movimento somente irá se encerrar após uma proposta do Executivo.

“O que irá suspender a greve é uma proposta. Enquanto não houver uma proposta de pagamento da lei 510, o recado é que o Governo está perdendo o tempo. Ele tem que apresentar uma proposta para, aí, sim, esta categoria se reunir para discutir a possibilidade de suspensão da greve. Caso contrário, a greve continuará”, afirmou.

Os servidores cobram o cumprimento da lei da dobra do poder de compra (510) - aprovada em 2013, na gestão do ex-governador Silval Barbosa, e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos - e a Revisão Geral Anual (RGA). 

“Esta greve tem se arrastado única e exclusivamente porque o Governo do Estado tem se negado a apresentar uma proposta. Tão rápido o Governo apresente uma proposta à categoria, submeteremos a uma análise e retornaremos às atividades”, disse o sindicalista.

Valdeir Pereira ainda pediu calma aos pais dos alunos, que começam a se manifestar contra a paralisação. Desde a última sexta-feira (02), pais e alunos da Escola Estadual Souza Bandeira, localizada no Coxipó, em Cuiabá, estão realizando mobilizações na porta da unidade como forma de sensibilizar os professores a retornarem as salas de aula.
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