Presos escondiam drogas e celulares em garrafas ‘fake’ de Coca-Cola no Pascoal Ramos; veja vídeo
Criativos, os criminosos têm surpreendido a força-tarefa da Operação Elison Douglas, que faz uma limpeza dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos, desde o último dia 12 de agosto, para apreender celulares, drogas, armas, entre outros objetos.
A PCE está sob o comando da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso (Sesp). O Grupo de Intervenção Rápida, dos agentes penitenciários, vem atuando dentro da unidade prisional.
Um vídeo ao qual o teve acesso, com exclusividade, mostra que para despistar os agentes penitenciários, os criminosos usavam garrafas de Coca-Cola vazias, mas que pareciam cheias de refrigerante, para esconder celulares e drogas.
O diretor da Penitenciária Central, Agno Ramos confirmou que os presidiários usam de diversos artifícios para camuflar materiais proibidos. Segundo ele, os fardos de refrigerantes foram comprados na cantina do local.
"É muito tempo livre. Eles buscam onde temos mais dificuldades de enxergar, para camuflar os objetos", conta o diretor.
Nas imagens, é possível notar que as garrafas parecem conter refrigerante, mas quando os fardos são abertos e os recipientes rasgados, são encontrados sacos plásticos pretos (sanitos), com celulares, drogas e objetos cortantes, que estavam camuflados ali dentro.
De acordo com o diretor, toda eletricidade interna das celas foi cortada, apenas a externa é mantida. A intenção é coibir o carregamento de celulares.
Já são 15 dias de atuação, em que foram retirados das celas: colchões, pufes, ventiladores, televisores, aparelhos de rádio, aquecedores de água, sanduicheiras, freezers. Além do excesso de material "legal", também foram apreendidos uma grande quantidade de celulares, armas brancas – tipo chuço – carregadores, baterias de celulares e bebidas alcoólicas.
Agno explica que “o Sistema Penitenciário, através de suas forças constantemente treinadas, tem condição de dar a resposta que a sociedade espera. E que durante a operação não foi deflagrado nenhum disparo de arma de fogo, o que demonstra o equilíbrio e domínio do Grupo de Intervenção. Nunca antes, nas gestões anteriores, tiveram compromisso com a diminuição da criminalidade, o governador já manifestou entendimento de que o Sistema Penitenciário precisa agir e entende que com isolamento dos líderes das facções conseguiremos reduzir a criminalidade, agindo na raiz”.
Operação
Uma grande operação foi deflagrada pelo Segurança Pública do Estado (Sesp) para tirar regalias de presos na PCE, unidade considerada de segurança máxima, em Cuiabá.
A ação ocorre em sigilo, desde a segunda-feira (12), para fortalecer o enfretamento contra os crimes dentro da unidade prisional. A Sesp ainda não divulgou relatório com informações da Elison Douglas.
Segundo o Sindspen, a ação é uma resposta ao pedido de socorro da categoria de agentes prisionais após a execução do agente Elison Douglas, em Lucas do Rio Verde (333 km de Cuiabá), em 30 de junho.
A Polícia Judiciária Civil confirmou que o agente prisional foi vítima de uma emboscada. Ele foi morto com pelo menos 20 tiros no momento em que chegava em casa, no bairro Tessele Júnior. Um menor confessou a autoria do crime e disse que tinha uma desavença com o servidor. A polícia, no entanto, também tem como linha de investigação uma suposta ordem para matar Elison, que teria partido de dentro da cadeia.
Fonte: Repórter MT