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Famílias prosperam, empregos se multiplicam: economia de Nobres ressurge com o turismo

Fonte: O Livre

Valmir Freitas, 29, voltou para casa depois que o negócio da família no setor de turismo começou a prosperar. O pai dele, Vanilton Soleto, já não conseguia atender à demanda sozinho. Hoje, entre 150 a 200 turistas passeiam por lá a cada fim de semana.

Eles são os proprietários do atrativo Duto do Quebó, na cidade de Nobres (124 km de Cuiabá), onde os visitantes podem fazer um passeio de boia cross pelo leito de um rio de águas límpidas, além da travessia de uma caverna.

Valmir conta que o pai trabalhava com gado e o dinheiro era pouco. Então, decidiu sair de casa em busca de oportunidade. Atuou como operador de máquinas e na construção civil, em outras cidades.

“Sempre gostei daqui, mas não tinha como sobreviver. Agora, fiz cursos, me capacitei e sou guia de turismo dentro de nossa propriedade”, conta.

O duto está entre os principais atrativos do município porque reúne o ecoturismo com o turismo de aventura.

Valmir Freitas fez o curso de guia e agora, trabalha na propriedade da família, junto com os pais e a irmã

“Começamos com 10 boias e um trator que puxa a carreta com os clientes. Agora, temos 60 boias, além de um caminhão e uma kombi. Toda família trabalha junto e minha irmã está estudando para ser turismóloga”.

Um negócio onde todos ganham

O secretário municipal de Turismo de Nobres, Daniel Martins, explica que o turismo passou a ser a segunda maior fonte de renda da cidade, atrás apenas das indústrias de calcário e cimento.

Ele defende que a tendência é torná-lo o mais importante, uma vez que a cidade tem outros 19 atrativos em fase de regulamentação.

“Com a automação dos processos produtivos, certamente o número de empregos no setor de extração mineral tende a reduzir e não aumentar. Já o turismo, precisa de pessoas e quanto mais atrativos tiverem abertos, mais funcionários serão necessários”.

Atualmente, Nobres tem 60 guias cadastrados, 15 atrativos regulamentados e 20 agências de turismo, sem considerar os restaurantes, hotéis, serviços de transporte e bares. Estima-se que juntos, ofereçam 250 empregos diretos.

Voucher eletrônico

A quantidade de passeios é controlada por um sistema de voucher. Assim que o turista paga, o valor é distribuído entre a agência, o guia de turismo e o dono do atrativo.

Um guia que trabalha regularmente durante o fim de semana, segundo o secretário municipal, tem ganhos de até R$ 2,5 mil mensais.

Martins relata que atualmente esta regulamentação é feita com voucher de papel, mas daqui a dois meses, será tudo via internet.

Avanço alcançado por meio de uma parceria com o Governo de Mato Grosso, que usa a região como projeto piloto.

O secretário-adjunto de Estado de Turismo, Jefferson Moreno, explica que o objetivo é profissionalizar ainda mais o setor. Com a plataforma, além do rateio dos valores ficar mais transparente, existe a certeza do cumprimento das regras ambientais.

Moreno relata que os atrativos ficarão em uma prateleira e serão ofertados conforme a capacidade de lotação de cada um. Vale lembrar que o número é atestado pelos órgãos ambientais.
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