Filha do Rei do Algodão tem apartamento arrombado e bens apreendidos; Porsche sumiu
Repórter MT
Busca e apreensão foram realizadas no apartamento de Marisa Pupim, filha de José Pupim, um dos barões do algodão em Mato Grosso. Um oficial de Justiça, acompanhado de um advogado, esteve no local para cumprir ordem judicial e dezenas de pertences foram levados em um caminhão.
O motivo seriam dívidas que totalizam cerca de R$ 2,5 milhões contraídas há mais de três anos na compra de insumos agrícolas a preços astronômicos.
Segundo informações de uma fonte do , a parte lesada revelou que teria comprado à vista a carga de insumos e nunca recebeu.
Apesar do valor da dívida ser alto, o Oficial de Justiça apreendeu bolsas, óculos e sapatos importados, ouro e prata, além de ar condicionado, mesa, sofás entre outros.
A defesa de Marisa só chegou no apartamento horas depois para acompanhar as apreensões. O advogado não quis falar com a reportagem e, também, não se pronunciou sobre um veículo Porshe avaliado em R$ 500 mil que teria sido levado do prédio há poucos dias.
Recuperação judicial
Em setembro de 2018, a Justiça julgou procedentes vários recursos de agravos de instrumentos contra decisões de 1ª Instância que havia impedido os credores de José Pupim, de executarem seus créditos em processos próprios.
Com isso, os devedores da pessoa física de Pupim e, não os da sua empresa, ficaram livres de ajuizar ações de execução de cobrança diretamente à Justiça ou cartórios, colocando em risco todo o plano de recuperação judicial.
Calcula-se que dos R$ 1,3 bilhões de dívidas da recuperação judicial do Grupo do agricultor quase metade é oriunda de pessoa física. Entre as empresas beneficiadas estão o Banco Bradesco, Banco John Deere S/A, Banco Rabobank International Brasil S/A, Macrofertil Indústria e Comércio de Fertilizantes S/A, Metropolitan Life Insure CO e Adama Brasil.