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Mendes diz não ter objeção a Maluf e que cabe à AL fazer juízo sobre reputação ilibada

Mendes diz não ter objeção a Maluf e que cabe à AL fazer juízo sobre reputação ilibada
OLHAR DIRETO

Há uma semana, quando foi indicado pela Assembleia Legislativa para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas, o deputado Guilherme Maluf (PDB) classificou o caminho trilhado até aquela data como um “teste cardíaco”. Mal sabia o parlamentar que seu calvário estava apenas começando. Mas, ao que tudo indica, nem tudo são espinhos na vida do tucano. Enquanto aguarda a Justiça decidir sobre sua ida para o TCE, o parlamentar tem atraído “apoio” de onde menos espera. Nesta quarta-feira (27), ao Olhar Direto, o governador Mauro Mendes (DEM) se manifestou pela primeira vez sobre o caso e defendeu o rito promovido pela Casa de Leis.

“Eu, particularmente, não”, respondeu Mauro Mendes, de forma categoria, ao ser questionado se tinha alguma objeção ao nome do deputado. “E como governador eu já disse que iria nomear o nome que eles escolhessem e que esperava que eles fizessem um juízo de valor sobre alguém que tivesse uma reputação ilibada, que pudesse representar bem esse cargo. Mas o juízo de valor sobre isso quem faz é a Assembleia”, completou.

Por ora, Maluf aguarda o Tribunal de Justiça julgar recurso impetrado pela Assembleia Legislativa para garantir sua nomeação. E esta foi mais uma surpresa, isto porque o documento apresentado pela Procuradoria da Casa Leis contava com assinatura de 18 deputados, inclusive daqueles que abertamente estavam contra a indicação de Maluf durante o processo interno de escolha.

O ato é uma demonstração de força e união da AL na defesa das prerrogativas da Casa de Leis. Para os parlamentares, mais que frustrar os planos pessoais de Maluf, o impedimento da posse interfere diretamente no poder de escolha da Assembleia em indicar os conselheiros a que tem direito.

“O Tribunal de Contas é um órgão auxiliar da Assembleia, eles [deputados] fizeram suas escolhas e são eles quem têm que falar por ela e, acima de tudo, sobre esse imbróglio jurídico que foi criado”, defendeu Mauro Mendes, nesta quarta-feira.

Conduta ilibada

No último dia 22, o juiz Bruno D’Oliveira Marques deferiu um pedido do Ministério Público de Mato Grosso para suspender a nomeação de Guilherme Maluf como conselheiro do TCE. O MP questionou os conhecimentos técnicos do deputado e citou o fato de ele ser réu para colocar em xeque a conduta ilibada do tucano, requisito cobrado para o cargo de conselheiro.

A defesa do deputado, no entanto, sustenta o princípio da presunção da inocência de Maluf, já que ele ainda não foi condenado.
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