ONG Internacional WWF Brasil leva projeto sustentável para famílias de Alto Paraguai
Dezessete famílias receberam biofossas custeadas pela ong
Dezessete famílias aceitaram o desafio proposto pela Prefeitura Municipal de Alto Paraguai, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de instalar biofossas em suas residências. O projeto faz parte do Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal que envolve 25 municípios matogrossenses na preservação das nascentes dos rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal.
O objetivo é impedir que a falta de saneamento básico continue comprometendo a qualidade da água no Pantanal e as biofossas são totalmente custeadas pela ONG WWF Brasil, não gerando nenhum custo as famílias contempladas.
Os beneficiários contaram com uma aula prática de como fazer a instalação da fossa biodigestora, ministrada pela Agente Técnica da EMPAER, Amélia Pudlo. Também foram entregues folhetos explicativos constando todas as medidas de profundidade, largura de canos, entre outros detalhes para garantir a qualidade da instalação.
Além de sanar o problema da falta do saneamento básico, a biofossa pode ser utilizada para produção de biofertilizante ou adubo orgânico. O processo começa no banheiro. Ao dar descarga, a água do esgoto sanitário cai na primeira caixa onde contém esterco para acelerar o procedimento de decantação. Assim que a caixa for enchendo, o líquido cai na segunda caixa e, depois, segue para a terceira onde estará pronta para ser usada na plantação, menos em folhas. Ao optar pela biofossa, o produtor precisa estar consciente de que não poderá mais usar produto químico em seu vaso sanitário, pois isso interfere negativamente no processo.
“São ações como essa que vão manter a qualidade da água do nosso Rio Paraguai e nós só temos a agradecer a WWF por ter olhado pelo nosso município fazendo a doação de todo o material. Também desejamos a médio prazo aumentar o número de biofossas construídas com recurso municipal e até mesmo que futuramente nossos pequenos produtores conheçam os benefícios de se ter uma biofossa e tenham interesse em construir com recurso próprio”, ressaltou Pedro Carmo de Oliveira, Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.