Paulo Taques e Rogers são encaminhados para o CCC; PMs vão para batalhões
O juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Wladys Roberto Freire Amaral definiu em audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (27) o destino dos 8 presos durante a Operação Esdras, deflagrada horas antes. O advogado e ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, bem como o secretário de Segurança Pública do Estado, Rogers Jarbas, foram encaminhados para o Centro de Custódia da Capital (CCC). Para a ala feminina do CCC foi encaminhada a personal trainer Hellen Christy Lesco. Ela é esposa do coronel e ex-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco. Este permanece no 3º Batalhão da Polícia Militar.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Benedito Siqueira Junior e o sargento João Ricardo Soler também foram direcionados para batalhões da PM. Siqueira foi encaminhado para a Academia Costa Verde, em Várzea Grande, e Soler para o 4º Batalhão. Para o mesmo local será levado o major Michel Ferronato, detido em Goiânia.
Para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (Carumbé) ou Penitenciária Central do Estado (Pascoal Ramos) poderá ser conduzido o empresário José Marilson da Silva, caso não apresente diploma de nível superior. Se o fizer, ficará detido no CCC.
A prisão do advogado Marciano Xavier das Neves será afrouxada mediante pagamento de fiança estipulada em R$ 9,37 mil. Ele terá ainda que entregar o passaporte, já que foi proibido de deixar o país.
Os alvos da Operação Esdras são acusados de tentativa de cooptação do tenente-coronel José Henrique Costa Soares, ex-escrivão no Inquérito Policial Militar (IPM) sobre interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso. Segundo a delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelas investigações dos grampos e que fez a petição das prisões ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o grupo visava obstruir a Justiça e colocar em suspeição o relator do caso, desembargador Orlando de Almeida Perri.
Durante a audiência de custódia, a defesa do advogado Paulo Taques reivindicou que o mesmo fosse encaminhado ao Batalhão do Corpo de Bombeiros. O pedido foi negado pelo juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá.