Internet brasileira fica mais lenta devido a furacão em Porto Rico
O furacão Maria, que atingiu Porto Rico nesta semana e causou sérios estragos ao país, também trouxe alguns danos secundários inesperados, que se refletem diretamente no Brasil. Isso inclui lentidão da internet para vários usuários.
O furacão de categoria 4 em uma escala que vai até 5 acabou afetando a infraestrutura presente no local. Um exemplo é a TI Sparkle, uma das empresas que intermedia o tráfego de rede entre o resto do mundo, que comunicou que as estações na região de Porto Rico tiveram sua atividade reduzida, segundo informações obtidas pela a Folha de S. Paulo.
Desta forma, usuários de serviços que usem a rede da TI Sparkle, que faz parte do mesmo conglomerado da TIM, acabam sentindo os efeitos. Ao tentar usar páginas que tenham seus servidores fora do Brasil, pode haver a perda de vários pacotes no trajeto, o que deteriora a velocidade de acesso.
A TI Sparkle, no entanto, não foi a única empresa afetada com o furacão em Porto Rico. A UPX Technologies emitiu um comunicadobastante elucidativo sobre o tema. O texto explica que cabos submarinos costumam passar ilesos por intempéries como um furacão, mas a infraestrutura em superfície, chamada de “landing station”, não. Com a tempestade, “o nível da água do mar em Porto Rico subiu tanto que a região da infraestrutura foi inundada e geradores desligados por segurança. Outras ilhas vizinhas passam por problemas semelhantes ou possuem toque de recolher, impedindo o deslocamento de técnicos”. A empresa também nota que outras companhias foram afetadas, como a Level 3 e a Telefonica.
A UPX também conclui que a tendência é que os efeitos sejam sentidos por até 72 horas, uma vez que boa parte do tráfego brasileiro está operando por meio de caminhos secundários e backups, causando congestionamento e perda de informações.