7 fatos históricos do Brasil que te ensinaram errado na escola
A história do Brasil é marcada, desde o princípio, por fatos lamentáveis e tragédias que aconteceram desde a colonização. Quem é que não se lembra de ter estudado sobre a chegada de Pedro Álvares Cabral em nossas Terras, e de todos os episódios que viriam a seguir? Toda a exploração de nossos recursos naturais, de nossos povos nativos, enfim… A verdadeira invasão que aconteceu em nosso país.
Acontece que, algumas das histórias que conhecemos não estão exatamente certas, aliás, são muito mal contadas e nos são repassadas nas próprias escolas como verdade absoluta. Foi pensando exatamente nisso que nós separamos logo abaixo, 7 coisas sobre nossa história que as escolas nos ensinaram, e continuam ensinando, totalmente errado. Dá uma olhada!
A feijoada não foi criada pelos escravos
A nossa gastronomia é muito rica e talvez seja uma das mais saborosas de todo o mundo, mas dentro de tudo isso, também existem muitas lendas e mentiras a respeito da criação de alguns pratos, sendo que um bom exemplo, é a nossa tão amada feijoada.
Desde muito pequenos somos ensinados que a feijoada foi inventada pelos escravos, que pegavam os restos de carne que sobravam dos nobres baquetes portugueses, e misturavam ao pouco feijão que tinham, porém, essas partes do porco que geralmente eram desprezadas pela culinária de muitos países (orelhas, rabo, pés, língua), sempre foram consideradas como nobres para muitos europeus. Os registros mostram que os escravos tinham uma alimentação muito restrita, baseada apenas em farinha em água, e raramente tinham acesso a qualquer tipo de carne que seja.
Por outro lado, os europeus desde muito tempo já tinha a prática de fazer pratos com diferentes misturas de carne, o que mais tarde, levou à criação da feijoada. Por mais que tenha sido criada por eles, é claro que nós demos um gostinho especial ao prato, dando a ele nossa identidade.
O mito de Aleijadinho
Certamente você já estudou em suas matérias de artes sobre as obras de Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, porém, tudo indica que o artista não passa de uma história inventada e muito bem contada. Ele teria nascido por volta de 1738, mas ninguém sabe a data correta pois não existe nenhum registro que comprove isso de fato. Acontece que Guiomar de Grammont, que é autora do livro O Aleijadinho e o Aeroplano, publicado alguns anos atrás, afirma que as provas registradas e documentadas sobre o escultor, não são suficientes para afirmar autenticidade sobre nenhuma de suas supostas obras.
Ela ainda afirma que Aleijadinho não era apenas um, mas teria que ser 10, já que seria preciso viver 10 vidas para que ele conseguisse esculpir tudo aquilo que é tido como obra sua, ou dividir o trabalho com muitos outros artistas. Na época, a teoria de Grammont não foi bem aceita pela população, muito menos pelos mineiros, mas são provas bem sucintas e que fazem sentido. Ela apenas desconstruiu a história que conhecemos.
Bananas não são frutas brasileiras
Desde pequenos aprendemos sobre a origem das frutas, e é comum que as escolas ensinem que a banana é uma das originárias de nosso país, até porque, em diversas pinturas que ilustram a chegada dos portugueses em nosso país, bananeiras são retratadas, como se já existissem aqui há tanto tempo quanto se possa imaginar, mas a verdade é bem diferente.
Acontece que essas foram frutas trazidas pelos colonizadores para nosso país, e as que consumimos hoje em dia, provavelmente são de sementes que tiveram origem da Ásia, onde a fruta é cultivada há bem mais de 4 mil anos, sendo levada à Europa bem mais tarde.
Nem todos os negros eram escravos
Sempre aprendemos que os portugueses caçavam os os negros na África e os traziam para o país, com o propósito de servirem como escravos, mas na verdade, não era exatamente assim. Os próprios africanos possuíam uma espécie de comercialização de escravos, e os portugueses mantinham negócios com eles. Por muito tempo esse tipo de comércio movimentou a economia africana.
Quando negros vinham ao Brasil e eram descendentes de monarcas de seu país, não sofriam nenhum tipo de maus tratos, sendo que alguns deles poderiam ainda ter territórios e seus próprios escravos. Houve um caso em que os filhos do rei nigeriano Kosovo, enviou seus filhos para o Brasil com o intuito de que estudassem.
Tiradentes não foi nenhum herói
Aprendemos na escola que Joaquim José da Silva Xavier se transformou em um dos maiores símbolos da Inconfidência Mineira por lutar a favor do fim da escravidão e da independência de nosso país, mas relatos indicam que ele nunca foi a favor da abolição da escravidão e não fazia questão nenhuma de que isso de fato acontecesse.
Ele não era um homem pobre, acumulando certa fortuna e inclusive, pertencia a uma das famílias mais importantes do Vale do Rio das Mortes. Na verdade, ele participava de um movimento caracterizado como elitista , pedindo pelo fim da elevada cobrança de impostos. Era um trapaceador nato e meio fanfarrão, mas a questão é que quando foi preso, nem mesmo resistiu, apenas tentou se esconder.
O carnaval não foi criado pela população
Nós aprendemos que o carnaval surgiu como uma festa popular no Brasil Colônia, em que todo mundo saía às ruas para festejar mesmo e fazer todo tipo de folia que quisessem, sendo que homens podiam até mesmo se fantasiar de mulher, e era tudo apenas pelo prazer da bagunça. Acontece que as coisas foram um pouquinho diferente.
O carnaval foi “inventado” por Getúlio Vargas e acredite, com inspiração nazista! Na época em que o samba começou a ganhar força, ainda não tinha uma identidade muito bem definida sendo apenas a mistura de alguns ritmos, então Getúlio viu a oportunidade aí, de criar uma identidade brasileira de enaltecimento em cima do movimento.
Acontece que no ano de 1933, o ministro de Relações Exteriores viajou para a Alemanha na intenção de conhecer todo o regime instaurado por Hitler, e quando voltou, o presidente teve a ideia de criar um novo sistema de propaganda que se parecesse com o usado pelos nazistas. Tudo foi definido de maneira antecipada: os blocos, o ritmo, enredo… Tudo.
O descobrimento do Brasil não foi por acidente
Aprendemos que Cabral navegava em busca da Índia, mas que por supostamente conhecer um atalho, navegou acidentalmente em direção ao Brasil, julgando estar no caminho certo. Quando chegaram, os portugueses achavam mesmo que estavam na índia e por isso chamaram os habitantes desta terra de índios.
Na verdade, tudo indica que eles sabiam muito bem para onde estavam indo. Registros mostram que Vasco da Gama já havia constatado que poderiam haver terras desconhecidas. Cristóvão Colombo então, sugeriu em alguns de seus manuscritos que poderia existir algo ao sul da República Dominicana, sendo que mais tarde, vieram em busca de nossa terra, sabendo muito bem que não era a Índia, e que seria um ótimo local de exploração.