Header Ads

Vencedor de Nobel apresenta novo estudo sobre partículas fundamentais



De acordo com o Modelo Padrão da física de partículas, toda matéria no universo é formado por partículas fundamentais chamadas férmions. Essas partículas são constituídas pela combinação de dois tipos de quarks denominados "up" e "down", que se juntam a elétrons (léptons) para formar a matéria.

A física aponta que para cada partícula de matéria, existem três gerações. Os elétrons, no caso, são seguidos pelos múons (segunda geração) e pelo taus (terceira geração). O Modelo Padrão, no entanto, ainda não consolidou explicações para a existência dessas categorias.

Mas segundo a Quanta Magazine, o ganhador do Prêmio Nobel em física e um dos precursores do Modelo Padrão, Steven Weinberg, 86, parece disposto a investigar o problema. Um paper recente publicado pelo físico reavivou a discussão ao apresentar padrões intrigantes nas massas de partículas fundamentais, as quais poderão guiar a mais descobertas no futuro.

Embora a teoria não explique o porquê, a hipótese defendida pelo Modelo Padrão é que as categorias diferem a partir da massa das partículas. Até agora, os físicos medem esses valores de forma experimental e os adicionam em equações.

É estimado, por exemplo, que elétrons pesam cerca de 0,5 megaelétrons volts (MeV), enquanto seus léptons correspondentes da segunda e da terceira geração de férmions, e as partículas "múon" e "tau", apresentam 105 MeV e 1,776 MeV, respectivamente.

De forma similar, a primeira geração dos quarks "up" e "down" são relativamente mais leves, enquanto seus semelhantes da segunda categoria, "charm" e "strange" apresentam peso considerado médio. Já o terceiro grupo, formado pelos quarks "top" e "bottom" são os mais pesados. Para se ter uma ideia, um quark "top" chega a atingir 173,210 MeV.

Já a massa das partículas corresponde ao grau de capacidade para interagirem em meio ao campo de Higgs. Este conceito retrata um campo de energia que existe em todas as regiões do universo, o qual é acompanhado pela partícula fundamental conhecida como Bóson de Higgs, responsável por garantir as forças das partículas no universo.

Neste cenário, os quarks e léptons com maior massa apresentam dificuldades de se locomover pelo campo de Higgs. Por outro lado, as partículas mais leves, como os elétrons, transitam com mais fluidez.

No entanto, um estudo de 2008 de dois teóricos, Patrick Fox e Bogdan Dobrescu, físicos do laboratório de aceleração de partículas de Illinois, nos EUA, apontaram que apenas partículas mais pesadas, ou seja, da terceira geração, conseguiam se manter estáveis no campo de Higgs. De forma que apenas o quark superior se movimenta conforme o padrão.

Já as outras partículas reagiriam indiretamente, graças ao fundamento da mecânica quântica, a qual permite às partículas se materializarem por breves momentos. Estas aparições súbitas formam nuvens de partículas virtuais em torno das partículas mais permanentes.

Fonte: olhardigital
Tecnologia do Blogger.