PC admite fechar delegacias no interior de Mato Grosso
G1
O diretor-geral da Polícia Civil, Mário Resende, disse nesta sexta-feira (8) que algumas delegacias do interior do estado podem ser fechadas temporariamente devido ao baixo número de policiais e a falta de estrutura nas unidades. Ele afirmou que um estudo sobre a atual situação está sendo finalizado e apresentado ao governo do estado.
Mário disse que não é possível realizar concursos e reformas nas delegacias, por causa da situação financeira do estado. “Não é possível trabalhar com três policiais efetivos, pois as escalas de plantão não giram. Estamos buscando solução para otimizar o baixo efetivo com qualidade. Uma das hipóteses é a suspensão de algumas unidades e transferir os policiais para cidades próximas”, explicou.
Segundo o diretor, nos próximos meses, 15 novos delegados devem ser nomeados para assumir delegacias no interior. Ainda assim, existe a carência de investigadores e escrivães. “Esperamos que, com o fim do decreto de estado de calamidade, tenhamos a oportunidade de apresentar ao governo as nossas necessidades para trabalhar a possibilidade de abrir um concurso público”, disse.
O decreto de calamidade foi assinado em janeiro pelo governador Mauro Mendes (DEM) e tem a duração de seis meses. Com o decreto, as instituições devem cortar gastos estão impossibilitadas de fazer despesas.
Mário declarou que falta estrutura e recursos para trabalhar em algumas delegacias. “Os recursos que a polícia tem hoje não dão conta do recado, necessitamos de uma infraestrutura melhor e de um efetivo melhor. Esperamos ter uma melhor condição de trabalho para que a sociedade possa ser melhor atendida”, pontuou.
Por falta de pagamento às locadoras, mais de 25% dos veículos utilizados pelos órgãos de segurança pública de Mato Grosso foram recolhidos, segundo a União dos Conselhos de Segurança do estado. Mário disse que a Polícia Civil possui cerca de 650 carros e a maioria é locado. “Com um número reduzido, o necessário tem sido feito diante das dificuldades. Esperamos que em 20 dias esse problema seja resolvido”, disse.
Segundo o diretor, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) está tentando contratar, em caráter de urgência, novas empresas para substituir essas viaturas que são locadas.