Programadores criam robôs para flertarem no Tinder
Fonte: olhardigital
Há dois anos, o cientista de dados Jeffrey Li decidiu automatizar sua busca por encontros no aplicativo de relacionamentos Tinder. Ele desenvolveu um robô capaz de rejeitar ou demonstrar interesse em usuárias sugeridas pelo programa.
A ideia, segundo Li, veio da seguinte questão: “Ei, eu quero melhorar minha vida de relacionamentos, entretanto, como posso fazer isso do jeito mais preguiçoso possível?”, disse em entrevista ao The Marshable.
Mas para construir o robô, Li precisou não só entender o algoritmo do Tinder, mas também educá-lo sobre as características que buscava em uma candidata. Como ele ainda não tinha mostrado interesse em muitas, não existiam dados suficientes.
A solução foi usar informações do Google. O cientista de dados programou o algoritmo para aceitar perfis com base em imagens de mulheres que ele considerava atraente e acessava na seção imagens da plataforma de busca. Ao mesmo tempo a máquina passou a rejeitar os perfis que apresentavam características diferentes ao padrão.
Assim, o robô procurava usuárias ideais no Tinder e indicava o interesse, enquanto para Li só restava o trabalho de conversar após o ‘match’. Segundo artigo do The Marshable, o programa analisava até 100 candidatas por dia e deixava um “like” para 20 delas. Além disso, garantia, em média, cinco matches por semana.
Apesar disso, Li não chegou a marcar nenhum encontro com o uso do seu robô. O código, no entanto, serviu de base para outro programador ir mais além.
O belga Robert Winters desenvolveu um robô que, além de interpretar as preferências dos usuários e rejeitar ou demonstrar interesses em perfis compatíveis, também automatiza conversas no Tinder.
A tecnologia funciona com o auxílio de conversas estruturadas já definidas e pode levar o papo para duas direções, dependendo das respostas do outro usuário. O robô, entretanto, não foi bem aceito pela equipe do Tinder, que decidiu banir Winters da plataforma.