Presos com caixas de IPTV piratas sofrem processo milionário
A ABS-CBN é a maior empresa de mídia e entretenimento das Filipinas, mas tem atuado regularmente nos tribunais dos Estados Unidos, tentando interromper a pirataria online. Em abril de 2019, por exemplo, um tribunal distrital da Flórida ordenou que os operadores de 27 sites de piratas pagassem US$ 1 milhão em danos cada.
O alvo agora são dois homens presos em fevereiro passado, durante uma operação de antipirataria da Polícia de Los Angeles. Romula Araneta Castillo e seu primo, Alberto Ace Mayol, foram presos com cinco decodificadores piratas, que seriam vendidos para o público. Ambos também são acusados de "interceptar, receber ou usar qualquer programa ou outro serviço veiculado por um vídeo multicanal".
Poucos dias depois, o ABS-CBN entrou com dois processos nos tribunais distritais dos EUA, um contra Castillo na Califórnia e outro contra Mayol, no Texas. Ambos os processos alegam violações do código norte-americano que legisla sobre a publicação ou uso não autorizado de comunicações, e outros crimes sob a lei estadual.
"Com base em informações e crenças, o réu se envolveu em um esquema para, sem autorização, vender equipamentos piratas que retransmitem a programação da ABS-CBN a seus clientes como serviços piratas", afirmam as duas queixas enviadas pela empresa de mídia. Os equipamentos acessavam ilegalmente as transmissões ao vivo do ABS-CBN.
Juntos, os processos contra os dois homens valem milhões de dólares em indenizações, caso o valor total seja concedido. O ABS-CBN, inclusive, parece ter comprado os aparelhos e publicou evidências fotográficas em seu site.
“O ABS-CBN conduziu uma investigação de meses sobre o esquema perpetrado por Castillo e seu primo Alfaro, incluindo compras secretas dos alvos. Os processos alegam que Castillo e Alfaro se engajaram nesse esquema em vários estados para vender esses decodificadores piratas para o público inocente”, afirma o comunicado da empresa.
Fonte: olhardigital