Mulher denuncia DJ de Cuiabá por agressões e ameaças
Fonte: gazetadigital
Guia de turismo Laura Gonçalves, 23, tornou público as agressões sofridas durante o relacionamento com Junior Remicio Gonçalves, mais conhecido como DJ Remicio Nogis. A última agressão foi registrada no final de semana. Além das agressões físicas, ela denunciou ter sofrido abusos psicológicos e estelionato.
Apesar de o casal ser cuiabano, moravam juntos na Bolívia. Só em 2020, a vítima registrou 3 boletins de ocorrência contra o agressor. O primeiro foi na virada do ano, quando ela relatou aos policiais ter sido chutada na barriga pelo suspeito, que ainda rasgou seu vestido e fez ameaças de morte.
A segunda agressão aconteceu no dia 6 de janeiro, quando ela foi espancada em casa, ficando com vários hematomas no corpo. Ela compartilhou imagens com ferimentos na boca, pescoço e costas. Nesse mesmo dia foi ameaçada de morte.
“Quero alertar outras mulheres, outras pessoas que ainda acreditam nele [...] eu acreditei que ele pudesse mudar, mas só foi me provando [...] eu não sei. Hoje eu tenho ódio e raiva e espero que algum dia eu não tenha nenhum sentimento, que isso só faz mal para mim”, disse ela em vídeo.
Ela afirma que as agressões começaram em pequenas atitudes, que ela nem sabia que se configurava como agressão. Em um dos episódios, ela foi jogada no chão pelo agressor, que depois prometeu mudar.
“Remicio dizia ter pavor de agressões, tem uma menina que sofreu agressão aqui na Bolívia, a gente conhece ela e o namorado. Ele se revoltou com isso. Deu apoio à menina, o que eu achei maravilhoso. Ele se colocou contra o cara e depois faz isso comigo? Ele tem problema, ele é doente”.
Quando esteve em Cuiabá, registrou os casos na Delegacia da Mulher, que instaurou um inquérito contra o rapaz. “O processo está em andamento e quando for a audiência, espero ir ao Brasil para depor contra ele e conseguir que a Justiça seja feita”, disse.
O agressor foi autuado na Lei Maria da Penha. Ela também o acusou de estelionato, pegando dinheiro de conhecidos, mas que não pagava de volta. Além disso, teria feito uma compra em seu cartão de crédito e não pagou. “Isso para mim foi o basta, para expor tudo isso e para as pessoas saberem quem é ele de verdade”.
A reportagem do GD entrou em contato com Remicio pelo telefone disponível no boletim de ocorrência, mas não obteve sucesso.