Vereadora petista em MT chama de "putas" eleitoras que defendem Bolsonaro
Folhamax
A vereadora por Primavera do Leste (239 km de Cuiabá), Edna Mahnic (PT), causou rebuliço em sua cidade na última semana ao sugerir que as mulheres eleitoras do presidente Jair Bolsonaro (PSL) são prostitutas, por meio de sua conta no Facebook. A fala veio em resposta ao comentário do presidente que, sem perceber, acabou promovendo o turismo sexual no Brasil.
A publicação já foi apagada pela parlamentar. Em seu texto, a vereadora afirmou que estava aguardando as eleitoras do presidente se pronunciar com a afirmação “eu sou a prostituta do Bolsonaro”.
Isso porque, no mês passado, o presidente afirmou que quem quisesse vir ao Brasil para fazer sexo com mulher, que ficasse à vontade. O que não pode, segundo ele, é que o Brasil fiquei conhecido como um "paraíso do mundo gay".
No ano passado, durante a campanha eleitoral, quando houve denúncias de Caixa 2 e uso de robôs no impulsionamento de publicações em redes sociais, eleitores do presidente compartilharam imagens dentro de caixas de papelão, numa alusão ao Caixa 2. Além disso, também houve vídeos onde pessoas imitavam robôs repetindo a frase “eu sou o robô do Bolsonaro”.
Em sua defesa, a vereadora afirmou que sua publicação teve por objetivo debater o comentário feito pelo presidente e mostrar à população como é perigoso esse tipo de afirmação.
“Frase impactante, muitas vezes, leva a gente a se revoltar, mas a ideia é que a gente se revoltasse com o assunto, que não pode deixar passar em branco. Porque nós, mulheres, não somos mercadoria e precisamos ser respeitadas”, afirmou durante uma entrevista.
No dia 25 de abril, durante conversa com jornalistas, o presidente afirmou que o Brasil não podia ficar conhecido como “paraíso gay”, mas que quem quisesse vir fazer sexo com mulheres, que ficasse à vontade. A fala gerou repercussão nacional e fez com que Governos das esferas Municipal e Estadual se posicionassem contra o turismo sexual. Além de Prefeituras e Governos, entidades e órgãos públicos também se posicionaram contra as falas do presidente.