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Coreia do Norte executou responsável por reunião com EUA, diz jornal


Kim Hyok-chol foi responsabilizado pelo fracasso da reunião realizada em fevereiro passado em Hanói entre Kim Jong-un e Donald Trump

Fonte: MSN

A Coreia do Norte executou o ex-encarregado das negociações para a segunda reunião de cúpula entre seu país e os Estados Unidos, após o fracasso de tal encontro, informou nesta sexta-feira, 31, o jornal sul-coreano Chosun.

Kim Hyok-chol foi supostamente executado por sua responsabilidade no fracasso da reunião realizada em fevereiro passado em Hanói entre o ditador norte-coreano Kim Jong-un e o presidente americano Donald Trump, segundo disseram ao citado jornal fontes de Pyongyang, que não quiseram se identificar.

Além de atuar nos diálogos com os Estados Unidos, Kim também havia servido como embaixador da Coreia do Norte na Espanha.

O mesmo jornal afirmou ainda que o regime também puniu outra figura importante nas negociações com Washington, Kim Yong-chol. Ele foi enviado a um campo de trabalhos forçados e reeducação ideológica.

© /AP data-has-syndication-rights= Kim Yong-chol na Casa Branca em junho de 2018

Kim Yong-chol era o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores da Coreia e foi um dos responsáveis por dar início aos diálogos entre Washington e Pyongyang. Ele foi recebido por Trump na Casa Branca em junho de 2018, pouco antes do primeiro encontro do americano com Kim Jong-un.

O escritório da presidência sul-coreana não quis comentar o caso e em entrevista coletiva seu porta-voz, Ko Min-jung, disse que “seria inadequado tirar conclusões precipitadas sobre informações que ainda estão por serem confirmadas”.

Os meios oficiais do regime de Pyongyang não fizeram nenhuma alusão recente a Kim Hyok-chol nem a Kim Yong-chol. No entanto, o jornal norte-coreano “Rodong Sinmun” publicou um artigo nesta quinta-feira 30 que citava “traidores que não poderão evitar o severo julgamento da revolução”.

Sem mencionar nomes, o jornal oficial do Partido dos Trabalhadores informou que certas pessoas “agiam de uma forma e reverenciavam o Líder na sua presença e sonhavam com outra coisa pelas costas”.

A suposta execução de Kim Hyok-chol teria acontecido um mês depois da reunião realizada no final de fevereiro no Vietnã, informou o jornal sul-coreano, que também afirma que foi ordenada diretamente pelo líder “supremo”.

A reportagem informa que Kim foi baleado no Aeroporto de Mirim, controlado pela Força Aérea da Coreia do Norte. Ele teria sido atingido junto com mais quatro norte-coreanos de altos cargos no regime acusados de espionagem para os Estados Unidos.

Segundo as fontes do Chosun, Kim Jong-un decidiu, além disso, afastar temporariamente de suas funções sua irmã e estreita colaboradora em seus encontros com Trump e com outros líderes estrangeiros, Kim Yo-jong.

Kim Hyok-chol liderou a primeira delegação da Coreia do Norte na Espanha desde que abriu suas portas em Madri em janeiro de 2014 até 2017, quando o governo espanhol o expulsou em resposta aos testes nucleares e de mísseis de Pyongyang.

O ex-enviado especial do regime não apareceu em outros atos oficiais desde a reunião de Hanói, na qual Coreia do Norte e Estados Unidos não foram capazes de fechar um acordo sobre o processo de desnuclearização.

Além disso, nem a irmã do líder norte-coreano nem Kim Yong-chol fizeram parte da comitiva que acompanhou o ditador em sua viagem a Vladivostok, na Rússia, no final de abril para se reunir com o presidente Vladimir Putin.

(Com EFE)
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