Impedidos de dar aula, professores registram boletim de ocorrência
Professores da Escola Estadual Marcelina de Campos, no bairro Jardim Santa Amália, em Cuiabá, procuraram a Polícia Civil na manhã de segunda-feira (27) para denunciar que foram impedidos de entrar na unidade para ministrar as aulas por causa da greve. Os profissionais alegam que optaram por não aderir ao movimento. Alguns alunos também foram impedidos de entrar na unidade.
Conforme o boletim de ocorrência, a professora Rejane Orlando Andrade chegou na escola pela manhã e foi surpreendida ao encontrar os portões fechados. Segundo ela o fechamento dos portões foi a pedido da diretora da escola.
Um outro professor também registrou a ocorrência após chegar para dar aula e encontrar o portão da escola fechado, sem possibilidade de entrar. O profissional, que leciona matemática, optou por não aderir à greve, mas mesmo assim foi impossibilitado de dar aula tanto no período matutino quanto vespertino.
Tanto os professores quanto os alunos ficaram em frente à escola tentando negociar a entrada, mas não obtiveram sucesso.
Greve na rede estadual de educação
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) decidiu em Assembleia Geral realizada na tarde do último dia 20 de maio, paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir do dia 27. Cerca de dois mil profissionais participaram da reunião e decidiram aderir a greve.
Os dirigentes realizaram um ato em frente à Secretaria de Educação do Estado (Seduc) na tarde do dia 27 em reivindicação a falta de acordo por parte do governo, que cogita a possibilidade de corta o ponto dos profissionais que não retomarem as atividades.
De acordo com o sindicato, a greve continuará por tempo indeterminado até que haja um acordo entre os profissionais e o governo do Estado. Cerca de 392 mil alunos estão sem aula.
Fonte: Olhar Direto