Quem não quiser arma se defenda com cabo de vassoura, diz deputado sobre decreto de Bolsonaro
Olhar Direto
Vice-líder do Governo na Câmara, o deputado federal mato-grossense José Medeiros (Pode) defendeu o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na semana passada, que ampliou a quantidade de categorias e pessoas que terão direito ao porte de armas no país. Em entrevista à Rádio Capital FM, na manhã desta segunda-feira (13), ao ser questionado por um ouvinte sobre os riscos que a mudança na legislação pode trazer, o parlamentar rebateu críticas de opositores e lembrou que Bolsonaro, ao estabelecer o decreto, cumpriu promessa feita aos seus eleitores.
“Para mim, deviam ter aberto esse porte. A população decidiu isso. As pessoas vivem arrotando democracia, mas quando é o povo que decide eles falam ‘ah, não é por aí’. Eu penso que nós precisamos caminhar. Arma mata? Mata, é verdade. Mas não vai melhorar a situação se eu deixar ela só na mão da polícia e dos bandidos. Parece clichê, mas não”, criticou o deputado.
Medeiros acrescentou. “Eu acho que o Brasil caminha para um equilíbrio de as pessoas poderem andar armadas. Está até melhor que Carteira de Habilitação. A população tem direito. E aquele que não quiser, que for contrário, tudo bem, você se defende como quiser, com cabo de vassoura, do jeito que quiser. Mas não proíba o outro”.
Assinado na última terça-feira (07), o decreto de Bolsonaro dá a agentes de trânsito, advogados que atuem no poder público e caminhoneiros a possibilidade de requerer o direito de portar uma arma de fogo.
Políticos eleitos são outros que não precisarão comprovar 'efetiva necessidade' para transportar armas fora de casa, assim como conselheiros tutelares e agentes penitenciários. Veja AQUI a lista completa.
Em janeiro, o presidente já havia facilitado o direito de posse, que é a possibilidade de ter arma em casa. Para aquisição de uma arma de fogo, é necessário apresentar declaração de efetiva necessidade, ter 25 anos ou mais, ter residência fixa e não ter antecedentes criminais. Um atestado de aptidão psicológica fornecido por psicólogo credenciado pela Polícia Federal também é necessário.