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ACORIZAL: 3 suspeitos de matar universitário que foi tirar satisfação ao cair em golpe pela internet são presos

Jhonattan Willian de Oliveira Carvalho, 22 anos, foi assassinado — Foto: Facebook/ Reprodução

Por G1 MT

Três suspeitos de assassinar um estudante de odontologia, em outubro de 2018, no Bairro Tijucal, em Cuiabá, foram presos nesta quinta-feira (6), após investigação da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP).

Jhonattan Willian de Oliveira Carvalho, 22 anos, foi assassinado após cair em um golpe de estelionato praticado por um reeducando do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC).

Um dos mandados de prisão foi cumprido contra o detento envolvido no crime. Willian Jhony Delgado de Carvalho, que já está preso dentro do Centro de Ressocialização de Cuiabá, é acusado de homicídio. Além dele, a polícia prendeu João Eduardo Figueiredo Silva, 20 anos, Romário Gonçalves de Amorim Delgado, que estavam soltos.

As investigações apontam para latrocínio consumado. No entanto, o inquérito ainda está em andamento.

Também foram realizadas buscas na unidade prisional onde Willian cumpre pena e no local foram apreendidos celulares, carregadores, balança de precisão, porções de drogas, chips de celular, e outros produtos.

Segundo a apuração, a vítima comercializava produtos pelo site de compra e venda e nas redes sociais e WhatsApp, para complementar a renda e conseguir pagar a faculdade de odontologia, além de ajudar sua família.

A equipe a da delegada Jannira Laranjeira apurou que um dia antes de ser assassinado, Jhonattan vendeu um relógio, no valor de R$ 1,2 mil, mas o pagamento foi ‘simulado’, pelo suspeito negociador, por meio de transação bancária.

No dia seguinte, o suposto comprador marcou com a vítima, por meio de celular, para que ele fosse receber o dinheiro, em espécie. O ponto de encontrou foi no bairro Tijucal, uma rua atrás do Centro de Referência e Assistência Social (Cras).

Durante a investigação, a Polícia Civil tomou conhecimento de que antes dos disparos a vítima foi vista discutindo com a o suspeito e logo após houve agressão mútua. Em seguida houve os disparos de arma de fogo, que culminou na morte do universitário.

João Eduardo Figueiredo Silva, 20 anos, é o dono do telefone usado para conversas com a vítima — Foto: Polícia Civil-MT/ Divulgação

A compra do relógio havia sido negociada por Willian Jhony, que da prisão pratica vários estelionatos, principalmente, de produtos anunciados a venda na internet, utilizando a patente de um coronel da Polícia Militar para dar credibilidade, sob o nome de coronel Roni.

O reeducando, que já foi condenado e responde pelos crimes de roubo, violência doméstica, estelionatos, entre outros, quando em contato com a vítima, informou que era o coronel PM Roni, e médico de plantão na cidade de Acorizal, razão pela qual não iria ao encontro da vítima para pegar o objeto adquirido.

No perfil do WhatsApp, o reeducando usava fotografia de um tenente-coronel da PM, que já havia denunciado o uso de seu nome em golpes em dois boletins de ocorrências.

Romário Gonçalves de Amorim Delgado é primo de Willian Jhony — Foto: Polícia Civil-MT/ Divulgação

Willian Jhony também tinha informado que seu filho iria buscar o relógio. Todavia antes de efetuar a entrega do relógio enviou à vítima, via WhatsApp, um comprovante de transferência bancária, em nome de Marcos Santos Oliveira.

A vítima acreditou ser verdadeiro e efetuou a entrega. Mas logo depois, a vítima percebeu que o dinheiro não havia caído em sua conta corrente e entra em contato novamente com o suspeito, que por volta de 19h, passa o contato do suposto filho, informando que ele iria levar o dinheiro a ele.

A Polícia Civil apurou que número de celular pertence a João Eduardo Figueiredo. Ao ser interrogado, ele afirmou ser usuário do telefone, mas negou participação no crime.

Ao comparecer para em local combinado para receber o dinheiro, a vítima foi roubada, conforme a apuração da DHPP, passando o crime inicialmente apurado como homicídio a ser latrocínio.

Essa pessoa foi identificada como sendo Romário Gonçalves de Amorim Delgado, que é primo de Willian Jhony. Ele confessou ser o único dono do telefone e primo do suspeito de Willian.
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