Oferta de credenciais de contas do YouTube cresce na Dark Web
A oferta de contas do YouTube roubadas aumentou significativamente em fóruns da Dark Web, segundo a empresa de soluções de segurança cibernética IntSights. Em publicação divulgada na terça-feira (2), a companhia afirmou que cibercriminosos vendem enormes listas com credenciais de contas invadidas na plataforma de vídeos.
Os preços variam conforme a quantidade de inscritos nos canais associados aos perfis. Conteúdos apresentados pela empresa retratam a venda de canais com 200 mil inscritos pelo valor inicial de US$ 1 mil (ou R$ 5,1 mil em conversão direta).
A IntSights atribui o fenômeno ao aumento recente no número de ataques contra usuários domésticos diante da pandemia do novo coronavírus. O maior uso de internet e o pico de tráfego em plataformas de streaming levou agentes maliciosos a reforçarem ataques com malwares, que podem roubar senhas e logins de serviços específicos.
“Embora existam muitas maneiras de os invasores roubarem canais do YouTube, parece que as credenciais das contas invadidas recentemente foram retiradas de bancos de dados que contêm credenciais do Google e de computadores infectados por malware”, diz o artigo da empresa.
Golpes nos seguidores
No caso do YouTube, hackers procuram invadir contas para aplicar golpes nos seguidores dos canais. Muitas vezes, o perfil é utilizado para difundir esquemas fraudulentos e campanhas publicitárias maliciosas. Além disso, segundo a IntSights, os invasores miram contas de YouTubers que tem na plataforma a principal fonte de renda. Os cibercriminosos extorquem os proprietários cobrando valores de resgate para devolver o acesso ao login.
A empresa ressalta, no entanto, que os hackers tentam vender as contas rapidamente nos fóruns da Dark Web, antes que o proprietário possa entrar em contato com o suporte do YouTube para solicitar a recuperação do canal. “Muitos dos leilões [na Dark Web] estabelecem um prazo para acelerar o processo de venda antes que suas mercadorias se tornem inúteis.”, diz a publicação da IntSights.
Fonte: olhardigital