Disney desenvolve técnica de deepfake que cria imagens em alta resolução
Os deepfakes são aqueles vídeos criados por inteligência artificial que imitam perfeitamente uma pessoa, e fazem acreditar que ela esteja realmente sendo retratada naquelas imagens. Por mais surpreendente que alguns deepfakes sejam, eles ainda têm uma certa limitação de resolução, mas um novo avanço dos estúdios da Disney pode acelerar a chegada da técnica às produções cinematográficas.
Atualmente, um deepfake, por mais bem feito que seja, não consegue criar imagens com resolução superior a 256 x 256 pixels quando a ferramenta DeepFakeLab é usada. A tecnologia da Disney, em comparação, é capaz de criar imagens com 1024 x 1024 pixels.
No geral, o funcionamento da tecnologia da Disney não difere muito de outros deepfakes que existem por aí, substituindo a aparência de duas pessoas ao mesmo tempo que mantém as expressões faciais. E, apesar da resolução ampliada das imagens, é bem perceptível que se trata de uma montagem, e não um vídeo real, como é possível ver abaixo:
Os pesquisadores da Disney comemoram a conquista e acreditam que, agora, estão mais próximos de conseguirem usar deepfakes para projetos comerciais.
Atualmente, filmes como os Star Wars mais recentes, personagens interpretados por atores já mortos, como o caso da Princesa Leia de Carrie Fisher, foram recriados com uso de efeitos visuais tradicionais. Mas a nova abordagem é capaz de reduzir consideravelmente o tempo gasto nas produções desses efeitos.
"Por mais que esses resultados [os efeitos visuais atuais) sejam impressionantes, eles são caros de produzir e demoram meses para gerar alguns poucos segundos de imagens", explicam os pesquisadores. O uso de deepfake permitiria a produção de vídeos em questão de horas, dependendo do poder computacional disponível.
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Portanto, por mais que os deepfakes estejam evoluindo bastante, ainda é cedo demais para pensar em ver algo do tipo sendo usado em filmes como os da Marvel, por exemplo. Mas parece inevitável que, no futuro, os deepfakes vão invadir as salas de cinema e também a telinha da nossa TV.
Fonte: olhardigital