iPhones saqueados em protestos nos EUA são bloqueados pela Apple
Nos últimos dias, os Estados Unidos foram tomados por ondas de manifestações após o assassinato de George Floyd em uma ação policial. Alguns dos protestos acabaram tornando-se violentos, com estabelecimentos saqueados, e as lojas da Apple não foram diferentes. Agora, no entanto, começam a aparecer os resultados: os iPhones roubados estão sendo remotamente desativados pela empresa.
Nos últimos dias, a internet começou a ver várias imagens de iPhones que passaram a exibir uma mensagem de aviso, alertando que o aparelho deve ser devolvido para o estabelecimento de onde ele foi levado, que o dispositivo está sendo monitorado e que as autoridades serão avisadas de sua localização. Você pode ver um exemplo no tuíte abaixo:
Isso pode se tornar um transtorno para quem acabou comprando os aparelhos sem saber de que eles tinham sido roubados, achando que se tratavam apenas de dispositivos usados. Da mesma forma, a situação pode ficar estranha para assistências técnicas que podem receber esses aparelhos, como nota o site Ars Technica.
Acontece que os celulares que a Apple exibe em suas lojas contam com sistemas operacionais especiais para demonstração, não são aparelhos feitos para uso do público, como já explicou o site 9to5Mac. Com essas configurações específicas, não é difícil para a empresa rastrear e bloquear aparelhos que tenham sido furtados.
Por exemplo: o aparelho impede que seja configurada uma senha para o bloqueio da tela do iPhone, que é uma medida de prevenção ao mau uso dos aparelhos nas lojas, mas também atrapalha o uso em caso de furto. No entanto, a função mais importante relacionada ao roubo dos dispositivos é que os dispositivos são pensados para não serem usados fora das lojas da Apple: quando eles saem do alcance do Wi-Fi do estabelecimento, ele pode ser automaticamente bloqueado com um aviso para que seja devolvido.
As lojas da Apple foram fechadas por boa parte do primeiro semestre nos Estados Unidos e no mundo inteiro devido ao coronavírus. Elas tinham apenas voltado a reabrir quando os protestos estouraram e foram fechadas novamente. Agora, mais uma vez, não se sabe quando elas reabrirão.
Fonte: olhardigital