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Palestra falou sobre Prevenção e Posvenção de Suicídio em Rosário Oeste


Assessoria 

A Prefeitura de Rosário Oeste, através da Secretaria Municipal de Saúde e em parceria com o empreendedor Alan Barros realizou a palestra de Prevenção e Posvenção de Suicídio no Cinema Municipal.

A Palestra aconteceu em alusão ao encerramento da campanha de Prevenção do Suicídio Setembro Amarelo.

Autor do livro “Tenho Depressão, E agora?”, idealizador e coordenador do Grupo de Apoio Terapêutico #Fale, Alan Barros defende que é preciso falar sobre o assunto para que o tema deixe de ser encoberto dentro dos ambientes familiares e fora dele.

O evento contou com a participação do Prefeito João Balbino, do Secretário Municipal de Saúde Anderson Rodrigo, alunos e professores da Escola Estadual Marechal Rondon, além de assessores, funcionários da Prefeitura, convidados e população em geral que também foram assistir a palestra.

SOBRE O PALESTRANTE

De acordo com o site Repórter MT, o empreendedor Alan Barros dá palestras para ajudar pessoas que têm a doença. E também escreveu livro Tenho Depressão. E agora?

Alan Barros, 36 anos, havia conquistado o cargo dos sonhos em uma multinacional. Ele era coordenador de marketing e adorava o emprego. Em meio a uma crise pessoal, decidiu abandonar o trabalho. "Eu comecei a ter muito receio de que minha produtividade pudesse cair e meu desempenho fosse insatisfatório nessa função, fator que geraria ainda mais frustração em mim", relata.

A decisão de abandonar o emprego dos sonhos, segundo Alan, tem um motivo: a depressão. "Em todos os momentos da vida, convivi com a doença. Ela me afetou na escola, na vida adulta e no casamento", lamenta. Ele foi diagnosticado com depressão aos 15 anos e, desde então, entre idas e vindas, faz tratamento contra a mazela, por meio de acompanhamento psiquiátrico e medicamentos antidepressivos.

O episódio da demissão é considerado por ele um claro exemplo de como a depressão pode afetar as pessoas. “Na minha visão, eu enxergava tudo ruim. Achava que as pessoas não gostavam de mim e me evitavam. O depressivo, principalmente em crise, está com o olhar muito adoecido. Ele não consegue discernir o positivo do negativo e enxerga o mundo por meio de uma ótica agressiva e triste”.

Segundo ele, por isso, é importante não tomar nenhuma decisão relevante nesse período, porque a visão fica completamente comprometida. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 11,5 milhões de brasileiros, quase 6% da população, sofre de depressão. Em Mato Grosso não há estimativas sobre a doença.

A depressão se caracteriza por alteração de humor causada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto e desesperança. Ela afeta áreas como o sono e apetite. Diferente de quadros transitórios de tristeza, a depressão permanece mesmo sem causa aparente, dificultando o indivíduo de fazer atividades rotineiras.

“É preciso entender que ela que pode matar. Não é uma doença de rico e, muito menos, frescura” Allan Barros

O tratamento da doença é feito por psiquiatras e costuma envolver o uso de medicamentos. Segundo Alan, o primeiro passo para enfrentar a depressão é compreender a doença. “É preciso entender que ela que pode matar. Não é uma doença de rico e, muito menos, frescura. Sempre digo que falar sobre o assunto é a melhor solução. É importante confiar em alguém para se abrir e, a partir daí, procurar ajuda profissional, com psicólogos ou psiquiatras”, conta.

A vida com a depressão

Hoje casado e pai de duas filhas, de quatro e cinco anos, Alan considera que aprendeu a lidar melhor com a depressão. "É muito complexo falar em cura. É uma batalha diária. O mais importante é pensar no dia a dia, na vitória diária e aprender a conviver com os sintomas e, principalmente, ter autoconhecimento para compreender os sinais de alterações no seu comportamento".

Divulgação

O Livro Tenho Depressão. E Agora? tem 11 capítulos e fala sobre suicídio, ansiedade e bullying

No passado, ele já pensou em suicídio. "Eu fazia faculdade no Rio de Janeiro e passava madrugadas vendo vídeos de suicídio e lendo cartas. O tempo todo pensava em ir embora, mesmo não querendo ", relata.

Ele comenta que não há um motivo específico que tenha feito com que desenvolvesse a doença. "Acredito que pode haver alguns fatores que desencadearam os sintomas. Mas a depressão mesmo é composta por um conjunto de fatores, externos e, principalmente, internos".

Após duas décadas de tratamento e leituras sobre o assunto, Alan considera que atualmente lida melhor com a doença. “Costumo dizer que há alguns passos fundamentais para lidar com a depressão. Antes de mais nada, é fundamental a terapia com psicólogos e, se precisar, vá ao psiquiatra, pois em alguns casos extremos é necessário conjugar com a terapia”.

Pondera que fazer exercícios físicos é vital, sendo importantes para os depressivos e ansiosos como a insulina para um diabético. "Fora esses tratamentos mais tradicionais, o que me ajudou muito foi buscar autoconhecimento, por meio de estudos sobre o assunto”, declara.

Falando sobre o assunto

Há cinco anos, Alan passou a manifestar interesse em falar sobre a própria experiência com a depressão para ajudar outras pessoas. "Falei para a minha terapeuta que precisava ajudar as pessoas que sentem as mesmas coisas que eu, mas não têm discernimento do que seja. Passei a querer mostrar pra elas sobre essas doenças e como tratá-las", relata.

A partir de então, ele passou a publicar textos sobre o assunto nas redes sociais. Depois, decidiu escrever um livro. "Me isolei em um hotel e consegui, em sete dias, escrever sobre a minha trajetória com a depressão".

“Me isolei em um hotel e consegui, em sete dias, escrever sobre a minha trajetória com a depressão” Allan Barros

O livro de autoajuda, publicado em setembro de 2017, se chama "Tenho depressão. E agora?". A obra é colorida e ilustrada pelo artista plástico Rafael Jonnier. "São, ao todo, 11 capítulos, nos quais abordos temas como depressão, ansiedade, bullying, suicídio e superação". Na obra, ele tem a participação de especialistas como a psicóloga Flávia Haddad.

Desde que decidiu falar abertamente sobre a doença, Alan começou a ser procurado por diversas pessoas que passam por situações parecidas com as quais ele já viveu. "Comecei a dar palestras e workshops. Já falei, ao todo, para quase 2,5 mil pessoas. Também tento ajudar pessoas que me mandam mensagens por meio do Instagram ou do Facebook".

Ele define que o seu objetivo atualmente é ajudar outras pessoas que enfrentam a depressão. "Quero transformar a minha dor em amor na vida do próximo. E é isso que faço desde que decidi me expor", diz.


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