MT deixa de arrecadar R$ 108 mi com cigarros falsos
Folhamax
O mercado ilegal de cigarros deve movimentar R$ 201 milhões em Mato Grosso neste ano e, com isso, o estado deve deixar de arrecadar R$ 108 milhões referentes ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS) e ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Os dados são do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, elaborados em parceria com a Receita Federal.
Conforme o levantamento, mais da metade dos cigarros comercializados em Mato Grosso são contrabandeados. A participação no mercado ilegal aumentou de 21%, em 2015, para 58% em 2019.
Segundo o instituto, esse número é reflexo da queda de apreensões no estado, que foi de 76% neste ano.
Com isso, Mato Grosso saiu do 9º lugar para o 11° no ranking nacional de apreensões de cigarros contrabandeados.
De janeiro a junho deste ano, foram apreendidos 13,4 milhões de cigarros ilegais, em Mato Grosso.
De acordo com a pesquisa, 81% do volume total de produtos apreendidos até junho deste ano, foi de cigarro. Em segundo lugar, está a apreensão de óculos de sol, seguido de eletroeletrônicos.
Embora haja um consumo significativo em Mato Grosso, o Instituto esclarece que o estado não faz parte da rota de contrabando, já que a maior parte dos produtos contrabandeados são provenientes do Paraguai.
No caso de Mato Grosso, a fronteira é com a Bolívia e, de acordo com o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), o principal problema na região é o tráfico de drogas.
MT tem o cigarro mais caro do país
O preço médio do cigarro ilegal vendido no estado, em 2019, está abaixo do mínimo estabelecido por lei, que é de R$ 5. No entanto, dentro do mercado ilegal, Mato Grosso tem o cigarro mais caro do Brasil.
O preço médio desse produto no estado é de R$ 4,26 neste ano, o que representa uma queda de R$ 0,17 comparado ao preço de 2018.
Segundo o instituto, o valor do cigarro legalizado no Brasil é de R$ 7,60.
Atrás de Mato Grosso, no mercado ilegal, está Santa Cataria, onde o cigarro é vendido a R$ 4,01. Em terceiro, está o Distrito Federal que comercializa o produto a R$ 3,90.