MEC libera R$ 15,9 milhões para a UFMT
O Ministério da Educação (MEC) liberou R$ 15,9 milhões do orçamento de custeio para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O dinheiro, no entanto, não deve ser suficiente para o pagamento das dívidas da instituição, que até julho deste ano já estavam em R$ 19 milhões.
A UFMT afirmou, em nota, que a medida ainda não é suficiente para o pagamento de despesas de custeio da universidade com água, energia elétrica, aquisição de materiais de consumo e prestação de serviços terceirizado de limpeza, de segurança, entre outros.
Segundo a UFMT, o montante liberado representa 15% do orçamento aprovado que se encontrava contingenciado desde o mês de abril. A UFMT possui ainda R$ 18 milhões contingenciados aguardando por novas liberações.
Ainda de acordo com a UFMT, o descontingenciamento parcial não garante o funcionamento integral da UFMT até o final do ano. Para completar o ano, a universidade precisa da liberação de 100% do orçamento previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA).
Em entrevista concedida em julho deste ano, a reitora da instituição, Myrian Serra, disse que a UFMT tem honrado com todos os compromissos e fornecedores. No entanto, em razão da redução dos recursos, muitas dívidas precisam ser renegociadas.
No caso da energia elétrica, por exemplo, a dívida havia sido renegociada no ano passado e estava sendo paga da seguinte forma: uma conta mais uma parcela da dívida. De acordo com a Myrian, no final do ano, houve atrasos nos repasses e três faturas não foram pagas.
Dessa forma, houve a necessidade de nova renegociação. A instituição, segundo ela, já havia comunicado o MEC sobre o vencimento da conta e solicitado o recurso que ainda não havia chegado até o dia do corte.
A partir da suspensão do fornecimento de energia, o ministério foi novamente comunicado até que o recurso foi liberado e a fatura paga.
Foi paga uma fatura no valor de R$ 1,5 milhão mais R$ 300 mil da parcela.
Funcionários da empresa que presta serviços de limpeza na UFMT paralisaram as atividades no dia 24 de setembro. O motivo seria o atraso no pagamento dos salários. De acordo com os trabalhadores, eles não recebem há dois meses.
No Campus da UFMT em Sinop, a 503 km de Cuiabá, 35 mulheres e um homem são responsáveis pelos serviços gerais na instituição. Em julho, eles já haviam feito uma mobilização para que os salários fossem pagos. Entretanto, segundo ele, desde então, não houve negociação.