Mendes nega veneno e diz: “Fui prefeito e Santa Casa não fechou”
Midia News
O governador Mauro Mendes (DEM) reagiu à declaração do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), que na última semana lhe sugeriu “tirar o veneno” e abrir um diálogo com o Município por conta da crise envolvendo a Santa Casa de Misericórdia.
A unidade enfrenta graves problemas financeiros e de gestão e está com as atividades paralisadas desde a última segunda-feira (11).
“Primeiro que, se tem veneno, não está dentro de mim. Tenho muitas ocupações, muitas atribuições. Nunca demonstrei nenhuma atitude que pudesse demandar dele esse tipo de comportamento. Se há veneno, ele que se explique”, rebateu Mendes, em conversa com jornalistas na tarde desta terça-feira (19).
Primeiro que se tem veneno, não está dentro de mim. Tenho muitas ocupações, muitas atribuições. Nunca demonstrei nenhuma atitude que pudesse demandar dele esse tipo de comportamento
Ao “cobrar” uma ajuda do Governo do Estado, o prefeito justificou, entre outros motivos, que 70% dos atendimentos realizados pela Santa Casa são de pacientes do interior do Estado.
Questionado sobre a possibilidade de efetuar algum tipo de repasse à unidade, Mendes voltou a demonstrar certa resistência.
Ele ainda alfinetou Emanuel e disse que, à época em que foi prefeito de Cuiabá, conseguiu driblar as dificuldades e os atendimentos na Santa Casa jamais foram paralisados da forma como se encontra atualmente.
“Quando fui prefeito, conseguimos, durante quatro anos, administrar esse problema da Santa Casa e nunca a deixei fechar. Desejo que o prefeito faça o mesmo”, disse.
Segundo o governador, há um caos na Saúde pública do Estado e não há como o Executivo priorizar um único problema.
“O Estado tem o dever de olhar para todos, mas sou governador de Mato Grosso. Não posso olhar apenas para um munícipio, para problemas específicos. Estarei sensível ao diálogo sobre qualquer tema que aflija os mato-grossenses, mas todos temos nossas responsabilidade”, concluiu.