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Estudantes brancos que usaram cotas para negros perdem vaga na UFMT


Fonte: Repórter MT

A Supervisão de Registro Escolar da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) publicou o resultado definitivo dos estudantes inelegidos, que ingressaram nos cinco campi da instituição de maneira indevida, usando contas destinadas para negros, pardos, indígenas e estudantes de escolas públicas.

Dos 125 estudantes que tentaram reverter a perda da matrícula, 59 tiveram pedido indeferido pela UFMT, que entendeu que eles não possuíam os fenótipos (cor e características físicas) de negros, pardos ou indígenas. A decisão é do último dia 7 de março e não cabe mais recurso dentro da esfera administrativa da universidade.

A fiscalização ocorreu depois que o ativista do movimento negro Vinicius Brasilino denunciou a suposta fraude nas redes sociais, no início de janeiro.

Dos seis estudantes apontados por ele, cinco foram considerados inelegidos: Heloísa Malta de Oliveira, Sayuri de Souza Yamura, Gabrielly Mendes Mendanha, Samuel Felipe Netzlaff e Matheus Delanhesi Pereira.

Heloísa e Sayuri chegaram a ingressar com recurso para tentar reverter a situação. Mas elas tiveram o pedido indeferido em definitivo. Já os nomes de Grabrielly, Samuel e Matheus não constam na lista de análise dos recursos do setor de Supervisão Escolar. Todos tentaram ingressar no campus de Cuiabá, através das contas raciais e sociais. 

O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), que no mês passado abriu um procedimento chamado de “Notícia de Fato”, que foi encaminhado “para o Ofício de Cidadania, onde a denúncia será apurada”. O procedimento é o primeiro passo antes de abrir inquérito para investigar mais afundo o caso.

Análise dos recursos

O maior número de recursos se concentra no campus da Capital: 76 ao todo. Desses, 48 foram deferidos e 28 indeferidos.
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