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Mato Grosso tem 5 detentos na lista prioritária de transferência para presídios federais

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Fonte: Hiper Noticias

Os recentes ataques a prédios da Polícia Civil e Militar e agentes penitenciários têm chamado a atenção pela ousadia e planejamento com que membros do Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso agem. Para combater as ações criminosas, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) com o apoio do Núcleo de Inteligência das instituições, têm deflagrado operações para prender integrantes da organizações em todo o Estado.

João Luiz Baranoski, um dos mandantes dos ataques contra os agentes penitenciários

Contudo, após as prisões dos chamados "faccionados", a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), tem outro tipo de preocupação, a entrada de telefones celulares dentro das unidades prisionais. De acordo com investigações da Polícia Civil, grande parte dos atentados são planejados por membros da organização criminosa de dentro da cadeia, em sua maioria, na Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo presídio do Pascoal Ramos, localizado em Cuiabá.

Para se ter uma ideia, na terça-feira (3), a GCCO prendeu durante a “Operação Segregare”, João Luiz Baranoski. Ele está detido na PCE, desde 2010, e é acusado de ser um dos mandantes dos atentados contra agentes penitenciários e a sede do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen), ambos ocorridos em março deste ano.

Diante disso, o secretário da Justiça e Direitos Humanos, Fausto José Freitas da Silva,  informou que o Estado tem cinco detentos na “lista de prioridades” para serem transferidos para presídios federais. O chefe da Pasta explicou ao HiperNotícias que esses criminosos aguardam vagas para as unidades de segurança máxima, para que possam ser recambiados. Por motivo de segurança, Fausto não divulgou os nomes dos presidiários.

Alan Cosme/HiperNoticias

delegado fausto freitas

O secretário da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh)

“Desde o final do ano passado, já vem sendo feito um levantamento das pessoas que precisam ser transferidas. No entanto, temos que ser realista. Nós não vamos conseguir transferir todos os integrantes de facções criminosas. Os presídios federais têm um número limitado de vagas. Eles só aceitam quando existe a disponibilidade de vagas. Ainda assim, tem que ter a autorização do juiz federal das execuções daquela unidade onde ele vai ser transferido. Eu posso dizer que ao menos cinco nomes são prioritários para serem transferidos, hoje, para uma penitenciária federal”, disse o secretário à reportagem.

O delegado da GCCO, Diogo Santana, afirmou que os mandantes dos atentados contra os agentes penitenciários foram planejados por meio de um grupo de Whatsapp, intitulado “Vamo pra cima”. Aos jornalistas, o policial explicou que, na rede social, os executores do crime mandavam fotos das casas dos agentes que seriam alvos dos ataques.

“Durante as investigações, a gente observou que os criminosos criaram um grupo em um aplicativo de comunicação. Esse grupo foi criado especificamente para discutir os ataques que foram criados, com o nome 'Vamos pra cima'. No grupo, esses indivíduos discutiam tudo que era realizado previamente a realização dos ataques, os executores e as principais armas de fogo utilizadas”, declarou o delegado.

Alan Cosme/HiperNoticias

delegado diogo santana

O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO)

Na ação policial foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, no trabalho coordenado pela GCCO), com apoio investigativo do Núcleo de Inteligência da Diretoria Metropolitana e Inteligência do Sistema Penitenciário da Sejudh, e apoio operacional da Polícia Federal.

Na operação foram os mandantes foram identificados como João Luiz Baranoski, conhecido como Lobo, Ciclenio Lourenço de Araújo, conhecido como Timpa, Joabe Pereira Marcondes, chamado de G3 e Gabriel Antônio Rosa (Tangará da Serra). Eles foram notificados dentro das unidades prisionais e levados à GCCO para prestarem depoimento ao delegado da unidade.

Diante disso, o secretário disse que não está descartada a possibilidade de transferência desses criminosos.

“Essas pessoas que foram presas na Operação Segregare da Polícia Civil, são reconhecidamente pessoas que integram a alta cúpula de uma organização criminosa. Então, essas pessoas estão propensas a ter um pedido de transferência para o sistema Federal.

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